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Chuva em SP ainda é incógnita para meteorologistas

"Não tem nada que indique um atraso nas chuvas no Sudeste, porém, não temos nenhuma evidência que a próxima estação chuvosa seja abundante", disse pesquisador


	Chuvas: o problema que culminou na atual crise hídrica foram as poucas chuvas entre dezembro e fevereiro, meses que concentram 40% da chuva de todo o ano
 (AFP)

Chuvas: o problema que culminou na atual crise hídrica foram as poucas chuvas entre dezembro e fevereiro, meses que concentram 40% da chuva de todo o ano (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 11h52.

São Paulo - Aguardado como a solução a curto prazo para amenizar a crise hídrica na Grande São Paulo e em parte do interior do estado, o volume de água que chegará aos mananciais paulistas ainda é uma incógnita para pesquisadores do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que reúne as melhores informações da área no País.

"Não tem nada que indique um atraso nas chuvas no Sudeste, porém, não temos nenhuma evidência que a próxima estação chuvosa seja abundante. Ainda assim, precisaria ser muito abundante para ajudar a recuperar os mananciais. Infelizmente, a previsibilidade para esta região ainda é baixa e precisamos aguardar novos modelos de previsão climática", explicou José Marengo, pesquisador do Inpe, durante reunião climática do CPTEC, realizada na semana passada.

Tradicionalmente, a estação chuvosa no Sudeste tem início em outubro e vai até abril. Segundo Marengo, no caso da região onde ficam das represas do Sistema Cantareira, o problema que culminou na atual crise hídrica não foi o atraso das chuvas em 2013, mas a baixa pluviometria registrada entre dezembro e fevereiro, meses que concentram 40% da chuva de todo o ano.

"Ainda temos de esperar como vai evoluir padrão climático. Realmente, é muito difícil dizer hoje quando vai chover."

Diante desse cenário, o CPTEC indica que a probabilidade de chover abaixo, dentro e acima da média entre setembro e novembro no Sudeste é a mesma. Já para a temperatura, os dados apontam uma probabilidade maior para que ela fique acima do normal na região.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo abastecimento de água em 364 dos 645 municípios paulistas, quanto maior a temperatura, maior o consumo.

Para a estatal, foi a combinação de temperaturas recordes no último verão com a pluviometria mais baixa da história que levou à atual crise da água.

Quanto ao fenômeno climático El Niño, que provoca seca no Norte do País e chuvas intensas no Sul, Marengo disse que seu impacto no Sudeste "é difuso". Segundo o CPTEC, os dados indicam o estabelecimento da condição do El Niño no Brasil com intensidade de fraca a moderada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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