Brasil

Chuva em São Paulo não resolve falta de água no Cantareira

Nível da reserva técnica já tem a metade da capacidade registrada no último dia 16 de maio (26,7%), quando começou a ser utilizada


	Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 13h40.

São Paulo - A chegada de uma nova frente fria deve provocar chuva, na próxima quarta-feira (13), na região do litoral e também no leste e sudeste do estado de São Paulo. Não deverão ser, no entanto, precipitações fortes, a ponto de aliviar o problema da crise hídrica paulista, com sucessivas baixas nos reservatórios, principalmente no Sistema Cantareira, hoje com quase metade do volume de água registrado em maio último.

Segundo a meteorologista Helena Balbino, do Instituto Nacional de Meteorologia, a chuva seguida de queda na temperatura será passageira, com ocorrências apenas na quarta e na quinta-feira (14). “Estamos tendo a influência da alta pressão atmosférica. O ar está descendo e impede a formação de nuvens”, explicou, justificando o predomínio da estiagem.

Helena informou ainda que as áreas de instabilidade deverão atingir o Vale do Paraíba, o litoral, a capital paulista e localidades mais próximas. Nas regiões norte e noroeste, porém, o tempo vai continuar seco.

Sem a ocorrência de chuva forte e com o consumo, o nível do Sistema Cantareira tem caído gradualmente, deixando crítica a situação do abastecimento para cerca de 9 milhões de pessoas na região metropolitana da capital e em parte do interior. De acordo com a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), de ontem (10) para hoje (11) o volume disponível diminuiu de 13,9% para 13,8%.

O índice índica que a capacidade armazenada é praticamente a metade da registrada no último dia 16 de maio (26,7%), quando começou a ser bombeada a água abaixo da superfície onde era feita a captação. Naquele momento, a reserva útil estava em 8,2%.

Com a soma de 182,5 bilhões, o volume armazenado atingiu em torno de 990 bilhões, volume apontado pela Sabesp como suficiente para garantir a distribuição até 2015. Na semana passada, o governador do estado, Geraldo Alckmin, voltou a argumentar que apesar de o estado viver a pior seca em 84 anos, o racionamento estava descartado.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaChuvascidades-brasileirasGeraldo AlckminGovernadoresMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirossao-pauloSecas

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022