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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h16.
Brasília - A China tomará o lugar da União Europeia como segundo parceiro comercial dos países latino-americanos e caribenhos até 2015, atrás apenas dos Estados Unidos, conforme estimativa da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgada hoje (13).
Sediada em Santiago, no Chile, a Cepal publicou relatório com projeções sobre o fluxo de comércio e de investimentos, nos próximos dez anos, entre a China, a América Latina e o Caribe. O estudo considera que a China é, no momento, um mercado chave para as vendas do Chile, Peru, da Argentina, do Brasil e da Costa Rica (pela ordem de participação percentual) e continua em ascensão na região.
A Cepal enfatiza que a alta demanda chinesa por alimentos, energia, metais e minerais tem melhorado particularmente os termos de intercâmbio com a América do Sul, favorecendo seu crescimento. Acrescenta, ainda, que essa relação comercial foi a chave para explicar a capacidade de recuperação dos países da região na recente crise financeira e econômica global.
De acordo com a Cepal, a China captou 7,6% do total das exportações da América Latina e do Caribe, no ano passado, e projeta participação de 19,3% em 2020. Enquanto isso, a participação de vendas da região para a União Europeia deve permanecer na média de 14%. O crescimento das vendas da região para a China se dará às custas de uma queda persistente da participação dos Estados Unidos (de 38,6% no ano passado, deve cair para 28,4% em 2020).
Quanto às importações, o relatório prevê que a China poderá superar a União Europeia e os Estados Unidos na próxima década, por causa das compras crescentes de produtos made in China, por países da região. A Cepal revela que 27% das importações do Paraguai vêm da China, seguindo-se o Chile e a Argentina (11%), o Brasil, México e a Colômbia (10%) cada um.