Coronavac: vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e Sinovac. (Amanda Perobelli/Reuters)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 1 de fevereiro de 2021 às 13h49.
Última atualização em 3 de fevereiro de 2021 às 13h33.
A China liberou nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, um novo lote de insumos para o Instituto Butantan produzir aproximadamente 8,7 milhões de doses da vacina contra a covid-19. De acordo com o presidente do instituto, Dimas Covas, a previsão é de que este carregamento chegue no dia 10 de fevereiro.
Este novo lote do chamado IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) se soma a outros 5.400 litros de matéria-prima que chegam na noite de quarta-feira, 3, ao Brasil. Este carregamento pode produzir 8,7 milhões de doses da Coronavac, a vacina do Butantan, desenvolvida com o laboratório chinês Sinovac.
“Esses 5.400 litros chegarão na parte da noite de quarta-feira ao aeroporto de Viracopos. As vacinas prontas começarão a ser entregue ao Ministério da Saúde a partir do dia 25 de fevereiro. Vamos entregar um total de 17,3 milhões de doses em março. Já temos também um novo pedido de 8 mil litros de matéria-prima em andamento. Precisamos mais embarques para fabricar as 46 milhões de doses já contratadas pelo Ministério da Saúde, mais 54 milhões do novo contrato”, disse Dimas Covas em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
Os insumos estavam parados desde o começo de janeiro, por questões alfandegárias, segundo o governo chinês. Após conversas de diversas autoridades brasileiras com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, o processo de liberação ficou mais rápido.
Assim que o insumo chegar, a previsão é de que essas vacinas fiquem prontas em aproximadamente 20 dias. O Butantan deve fazer entregas parciais do imunizante ao Ministério da Saúde, que fará a distribuição aos estados, como prevê o Programa Nacional de Imunizações.
O contrato (veja o documento) de fornecimento com Ministério da Saúde prevê a entrega de 46 milhões de doses até abril. O primeiro lote, de 8,7 milhões, já foi entregue ao governo federal.
Após o Butantan cobrar do Ministério da Saúde a compra adicional de 56 milhões de doses da vacina contra a covid-19, o governo federal disse que vai assinar o contrato na próxima terça-feira, 2.