Brasil

Chefe do GSI diz que Bolsonaro sofreu novas ameaças nas últimas semanas

Diante das ameaças contra a vida do presidente eleito, o general sugeriu cautela na cerimônia de posse em 1º de janeiro

Bolsonaro: "Eu posso falar até 15 dias atrás. Até 15 dias atrás houve mais ameaças", disse o chefe do gabinete de segurança (Pilar Olivares/Reuters)

Bolsonaro: "Eu posso falar até 15 dias atrás. Até 15 dias atrás houve mais ameaças", disse o chefe do gabinete de segurança (Pilar Olivares/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 15h10.

Brasília — O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, afirmou nesta segunda-feira que o presidente eleito Jair Bolsonaro sofreu novas ameaças nos últimos dias, mas não deu detalhes sobre os supostos casos identificados pelo setor de segurança do governo.

"Eu posso falar até 15 dias atrás. Até 15 dias atrás houve mais ameaças", disse Etchegoyen ao ser questionado sobre o tema, esclarecendo que esteve fora nas últimas duas semanas e não saberia dizer de casos mais recentes.

Mais cedo nesta segunda-feira Bolsonaro retuitou, em sua conta na rede social, dois tuítes com ameaças recolhidos pela conta "Ódio do Bem", que o apoia.

Em um deles, o autor escreveu "Matem o Bolsonaro". Em outro, após uma usuária comentar que sua mãe estava no mesmo voo do presidente eleito, uma pessoa responde: "mande ela dar uma facada para valer dessa vez".

Diante das ameaças, o general sugeriu cautela na cerimônia de posse em 1º de janeiro. Segundo Etchegoyen, o planejamento para o dia ainda não foi fechado e não há definição se Bolsonaro irá desfilar em carro aberto.

"Nós temos um presidente que sofreu um atentado, que vem sofrendo agressões frequentes, basta ver nas mídias sociais, e a quem tem que ser dada a garantia, não só a ele, mas ao vice-presidente, das melhores condições de governo. Certamente a segurança exigirá cuidados mais intensos e precisos", disse.

"A decisão será do presidente. Eu presidiria tudo com cautela. Nesse momento, eu tenho que me atualizar, porque passei fora duas semanas, mas eu recomendaria que todas as medidas tomadas fossem presididas por cautela", acrescentou, ao ser questionado sobre os riscos.

Bolsonaro foi alvo de um ataque em que levou uma facada durante ato de campanha, no início de setembro, em Juiz de Fora(MG). Ele passou por duas cirurgias de emergência e ainda precisará ser operado mais uma vez para retirar uma bolsa de colostomia que usa desde o ataque.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroJair BolsonaroMortes

Mais de Brasil

Congresso deve finalizar até esta terça votação de projeto que muda regras de emendas parlamentares

Secretário-geral da ONU pede "espírito de consenso" para G20 avançar

Paes entrega a Lula documento com 36 demandas de prefeitos do U20