Luiz Inácio Lula da Silva: favorito nas pesquisas de intenção de voto nas presidenciais de outubro, Lula se declara inocente (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 13h22.
Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 16h19.
"Lula, o Brasil inteiro exige sua prisão." A frase foi postada por Daniela Tagliari Kreling Lau, chefe de gabinete da Presidência do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), o Tribunal da Lava Jato que, no próximo dia 24, vai julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no famoso processo do triplex do Guarujá.
Daniela postou na quarta-feira, 3, uma petição online para reunir adesões pela confirmação da condenação do ex-presidente. Naquele dia, a servidora do TRF4 informava que, além dela, outras 233 pessoas endossaram o apelo pela prisão de Lula.
O ex-presidente da República foi condenado em primeira instância em julho de 2017, pelo juiz Sérgio Moro, que lhe impôs uma pena de 9 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro que teria recebido da empreiteira OAS em forma de melhorias no apartamento do litoral paulista.
No dia 24, a Corte de apelação vai julgar os recursos da defesa de Lula e de outros seis réus neste processo.
Os advogados de Lula alegam que ele sofre uma atroz perseguição política. O post de Daniela, em sua página pessoal no Facebook, reforça a ofensiva da defesa do ex-presidente. Daniela retirou a mensagem.
No Twitter, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, demonstrou perplexidade.
"Perseguição a Lula e ativismo político dentro do TRF4. É escandaloso", escreveu a senadora. "O que Lula pode esperar do Poder Judiciário, TRF4, se a chefe de gabinete do Presidente do Tribunal pede no seu Face a prisão de Lula, através de um abaixo-assinado?"
Outro lado
A reportagem fez contato com o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região e deixou o espaço aberto para manifestação.