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Chapecó fará despedida de vítimas diante de 100 mil pessoas

A direção do clube espera que 51 corpos sejam velados na Arena Condá, entre jogadores de futebol, membros do clube e jornalistas da região

Tragédia: os torcedores, no entanto, não poderão chegar ao gramado, que nesta quinta-feira já começava a receber as estruturas metálicas onde os corpos serão velados

Tragédia: os torcedores, no entanto, não poderão chegar ao gramado, que nesta quinta-feira já começava a receber as estruturas metálicas onde os corpos serão velados

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AFP

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 14h41.

Chapecó preparava nesta quinta-feira o velório coletivo das vítimas do acidente aéreo em Medellín, em seu estádio, onde 100.000 pessoas darão o último adeus a uma equipe que levou alegria à cidade do sul do país ao chegar à final da Copa Sul-Americana.

Após a conclusão da identificação dos corpos na Colômbia, o clube Chapecoense aguarda agora a finalização dos trâmites para permitir seu envio a esta cidade de Santa Catarina.

"Trabalhamos com a previsão de que os corpos cheguem ao meio-dia de sexta-feira, mas ainda não temos uma posição definitiva da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre a operação de saída de Medellín", afirmou Andrei Copetti, assessor de comunicação da Chapecoense, em uma coletiva de imprensa.

A direção do clube espera que 51 corpos sejam velados na Arena Condá, entre jogadores de futebol, membros do clube e jornalistas da região.

O presidente Michel Temer pode comparecer à cerimônia, mas ainda não há confirmação oficial.

A previsão é que, uma vez que os corpos cheguem ao estádio, os familiares possam velá-los na intimidade durante uma hora.

Posteriormente serão abertos os portões da Arena Condá, para que os cidadãos se despeçam de seus heróis durante quatro horas, antes que partam para as suas cidades de origem.

Os torcedores, no entanto, não poderão chegar ao gramado, que nesta quinta-feira já começava a receber as estruturas metálicas onde os corpos serão velados.

"Como precaução e para impedir que isso se torne uma cerimonia interminável, vamos permitir que se aproximem dos caixões os parentes e amigos mas próximos, as pessoas que têm uma relação mais direta e mais íntima com os nossos amigos que se foram", informou Copetti.

Os moradores desta cidade de 200.000 habitantes que ainda tenta processar a tragédia deverão permanecer nas arquibancadas.

"Vamos disponibilizar telões na área externa, (já que) nós temos uma capacidade de 19.000 pessoas dentro da arena e estamos trabalhando neste momento com a hipótese de 100.000 pessoas no entorno da arena", disse o porta-voz.

Enquanto a imprensa divulga as conversas entre o piloto do avião e as decisões da companhia são questionadas, a Chapecoense só quer se focar, no momento, na despedida de seus integrantes.

Até que a investigação oficial seja concluída, o clube não se pronunciará sobre a gestão da companhia aérea Lamia, escolhida por eles por sua experiência nas viagens de equipes de futebol.

Era a segunda vez que a "Chape" viajava com esta empresa, que havia levado sua equipe há um mês e meio a Barranquilla para as quartas de final contra o Junior.

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