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Chances de Lula ser candidato diminuíram, diz Eurasia

Em relatório, consultoria diz que a condenação por unanimidade foi a "pior situação possível" para o ex-presidente

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, após resultado no TRF4, dia 24/01/2018 (./Reuters)

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, após resultado no TRF4, dia 24/01/2018 (./Reuters)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 20h04.

Última atualização em 24 de janeiro de 2018 às 22h05.

São Paulo - A consultoria Eurasia avalia que as chances de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se candidatar à presidência diminuíram após a condenação unânime no Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4).

Em relatório, Christopher Garman, Silvio Cascionie, Filipe Gruppelli Carvalho e Djania Savoldi ressaltam que ainda resta um recurso no próprio TRF4, o embargo de declaração, mas que, com a unanimidade, a sentença vai correr mais rapidamente do que se tivesse havido alguma discordância entre os juízes.

Os analistas afirmam, no entanto, que as chances de Lula se candidatar não se esgotaram, só caíram: ele ainda pode recorrer ao STJ e ao STF, e registrar sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em números, a Eurasia acredita que há chances de cerca de 30% de Lula ainda sair candidato nas eleições deste ano. Esse percentual pode diminuir se a sentença do TRF4 for confirmada pelo STF antes de agosto.

No caso de Lula não concorrer, a avaliação da Eurasia é de que aumentam as chances de um candidato centrista e pró-reforma ganhar as eleições.

O maior beneficiário da transferência de votos no caso da ausência de Lula, no entanto, seria Ciro Gomes, que é do PDT e está no campo da esquerda.

*Matéria atualizada às 22h para um título que expresse com precisão o relatório da Eurasia

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