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Chanceleres reúnem-se para discutir situação da Venezuela

A reunião, que foi proposta pelo governo peruano, tem por objetivo "reforçar o diálogo regional diante do agravamento da crise venezuelana"

Venezuela: desde abril, o país vive uma onda de manifestações a favor e contra o governo (Christian Veron/Reuters)

Venezuela: desde abril, o país vive uma onda de manifestações a favor e contra o governo (Christian Veron/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 16h16.

Chanceleres de países da América do Sul reúnem-se amanhã (8) , em Lima, para discutir a situação da Venezuela.

O encontro na capital peruana ocorre dias após o Mercosul suspender a Venezuela do bloco por ruptura da ordem democrática.

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, vai participar das discussões.

A reunião proposta pelo governo peruano "tem por objetivo reforçar o diálogo regional diante do agravamento da crise venezuelana", de acordo com nota do Ministério de Relações Exteriores.

O governo brasileiro, que ocupa a presidência pro tempore (por tempo determinado) do Mercosul, informa que aproveitará a oportunidade para reforçar o entendimento que motivou a decisão dos países fundadores do Mercosul, no último sábado (5), de suspender a Venezuela com base nas cláusulas do Protocolo de Ushuaia, assinado em 1998.

"Ressaltará também que as últimas ações do governo de Nicolás Maduro [presidente da Venezuela], como a convocação de uma assembleia constituinte ilegítima, confirmaram, uma vez mais, a ruptura da ordem democrática no país vizinho", diz a nota do ministério.

O governo brasileiro informa ainda que defenderá o envio, pelos países participantes do encontro em Lima, de mensagem de solidariedade ao povo venezuelano, demonstrando o compromisso da região com a restauração da democracia na Venezuela por meio do diálogo e da negociação.

A suspensão aplicada à Venezuela pelo Mercosul no sábado (5) soma-se a outra chamada de natureza jurídica, feita no final do ano passado, devido ao não cumprimento, por parte da Venezuela de acordos e tratados firmados no momento de adesão ao Mercosul. Tal decisão foi tomada com base na Convenção de Viena.

Desde abril, a Venezuela vive uma onda de manifestações a favor e contra o governo, muitas delas violentas e que já deixaram cerca de 100 mortos e mais de mil feridos.

O governo Maduro deu posse na sexta-feira (4) a uma nova Assembleia Nacional Constituinte, que a oposição não aceita.

A iniciativa foi criticada pelo Mercosul, bloco do qual a Venezuela também faz parte, mas do qual está suspensa por causa dos conflitos políticos.

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