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Chanceler argentino diz que déficit com Brasil preocupa

Brasil teve US$ 4,1 bilhões de superávit com o país vizinhos em 2010

Veículos e autopeças são os principais produtos do comércio entre os países  (Getty Images)

Veículos e autopeças são os principais produtos do comércio entre os países (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 17h08.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, afirmou hoje (1º) que o déficit comercial negativo com o Brasil é uma preocupação para seu país e que isso deve ser resolvido. De acordo com o chanceler, não é fácil fazer uma aliança estratégica quando há um déficit como o que ocorre na relação da Argentina com o Brasil. As informações são da agência estatal argentina, a Telam.

"[O déficit comercial negativo para a Argentina] é um tema com que a Argentina se preocupa”, disse o chanceler. “[Não se sabe] como ele é gerado ou se levantou", afirmou ele. “[Mas] não é fácil ter uma aliança estratégica, como essa aliança, com um déficit dessa natureza.”

Ele lembrou que é preciso fazer valer a parceria dos dois países no âmbito do Mercosul e fortalecer o comércio exterior do bloco. "Como eu disse [ao ex-chanceler] Celso Amorim, a ideia é que os brasileiros vão vender geladeiras para os argentinos, ou vice-versa. Mas a Argentina e o Brasil, o Mercosul vão vender geladeiras para a Europa, os Estados Unidos, a China, a Ásia e a África”.

Em 2010, o Brasil teve um superávit de cerca de US$ 4,1 bilhões com a Argentina. O comércio entre Brasil e Argentina envolve atualmente aproximadamente US$ 33 bilhões. Nos últimos 15 anos, empresários brasileiros investiram pouco mais de US$ 40 bilhões na Argentina. O comércio entre os dois países é baseado, em 80% dos casos, em manufaturados: veículos e autopeças.

A avaliação de Timerman ocorre no dia seguinte à visita da presidenta Dilma Rousseff à Argentina. Na sua primeira viagem ao exterior, Dilma fechou 15 acordos com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner. Nas conversas entre as duas, houve destaque para as relações econômicas, comerciais e de aliança estratégica.

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