A decisão do PR de ficar na oposição diminui as chances de se coligar com o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (Elza Fiúza/Abr)
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2012 às 18h58.
Brasília - A chance do PR apoiar em São Paulo o candidato petista Fernando Haddad ou de se coligar com qualquer outro nome do PT nos demais estados é "muito reduzida", segundo o presidente do partido, senador Alfredo Nascimento (AM). Ele alega que as "relações abaladas" com o governo da presidente Dilma Rousseff levará o PR a optar pelas coligações que fortaleçam o partido nas eleições municipais, sem estar atrelado a essa ou aquela legenda.
Em entrevista à repórter Rosa Costa, da Agência Estado, o senador chama de "hipocrisia" a reação de quem defende o apoio de partidos desprovidos de espaço no governo. Ele prevê que o PT e o PMDB, em idêntica situação do PR, fariam o mesmo "porque é assim que funciona". A seguir os principais trechos da entrevista:
Segundo Nascimento, o partido não quer a reposição de ministério. "O PR quer que seja corrigida uma injustiça. O PR foi afastado do governo e a impressão que ficou é que as pessoas do partido são desonestas. O que nós queremos, o que esperávamos do governo, é a reparação disso tudo. Houve negociações, o governo disse que queria estar do nosso lado, mas infelizmente, nada disso se concretizou", disse ele.
A decisão do PR de ficar na oposição diminui as chances de se coligar com o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. "Se nós não tivermos acerto no governo federal, e tudo indica que não vai ter, naturalmente essas chances são muito reduzidas, muito reduzidas, e não é só em São Paulo, não. Possivelmente no Brasil inteiro, porque o natural é que a gente busque coligações que fortaleçam o partido lá na base e nós já demos o primeiro passo descentralizando a veiculação da propaganda eleitoral", diz o presidente do partido. Nascimento também negou que tenha se irritado com a indicação de seu adversário no estado, senador Eduardo Braga (PMDB) para o cargo de líder do governo.