Brasil

Chalita começa 2012 em clima de campanha eleitoral

Desde o primeiro dia útil de 2012, o peemedebista vem mantendo uma agenda ativa, que vai desde eventos oficiais até visita à favela incendiada na região central da cidade

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 15h40.

São Paulo - Enquanto o PSDB ainda discute quem será seu candidato à Prefeitura de São Paulo e o petista Fernando Haddad desfruta suas férias antes de deixar o Ministério da Educação, o pré-candidato do PMDB à sucessão municipal, deputado federal Gabriel Chalita, não perde tempo. Desde o primeiro dia útil de 2012, o peemedebista vem mantendo uma agenda ativa, que vai desde eventos oficiais até visita à favela incendiada na região central da cidade. A situação dos moradores da Favela do Moinho impressionou o deputado federal e sua assessora Lurian Cordeiro Lula da Silva, que recorreu nesta sexta-feira à intervenção do pai, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A visita do deputado federal à favela aconteceu ontem (5) e foi divulgada pelo parlamentar em sua página na rede de microblogs Twitter. "Voltei da Favela do Moinho. Quanta tristeza. Quanto abandono. É impressionante a ausência do poder público", escreveu. O pré-candidato do PMDB contou que costumava visitar a favela no período em que foi vereador.

Influenciada por Chalita, que se colocou à disposição dos moradores para pedir ajuda ao governo federal, Lurian ligou para Lula enquanto ele era submetido à sua terceira sessão de radioterapia, no Hospital Sírio-Libanês, e conversava com o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), ex-secretário da Habitação na gestão Marta Suplicy. Lula foi então informado pelo petista que há a possibilidade de o governo federal ajudar os moradores e que Teixeira pretende voltar à favela nos próximos dias com Chalita.


O deputado do PMDB já havia visitado a favela logo após o incêndio do último dia 22, quando 368 barracos pegaram fogo, deixando dois mortos e 1.500 pessoas desabrigadas. Ele nega interesse eleitoral nas recentes visitas. "Não quero usar isso politicamente. Fui lá e não falei para ninguém", rebateu. Chalita aproveitou para criticar a "distância" do prefeito Gilberto Kassab (PSD) - seu desafeto político - em relação ao problema vivido pelos moradores da favela. "O Kassab foi perto, mas não chegou a entrar. Não tem que ter medo deles", alfinetou. "Acho que a Prefeitura tinha de fazer um mutirão ali", emendou.

A agenda do peemedebista começou "firme" na segunda-feira (2), com sua presença na posse do desembargador Ivan Sartori como novo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. O deputado dividiu a mesa de autoridades com Kassab."Sou amigo do presidente (Ivan Sartori) e fui prestigiá-lo", justificou. No dia seguinte, Chalita teve um encontro informal com intelectuais para "pensar um projeto cultural para a cidade". Na quarta (4), discutiu com médicos propostas para a saúde e teve sua primeira reunião do ano com o presidente estadual do partido, deputado estadual Baleia Rossi. Ontem, além de visitar a favela, esteve de novo no Tribunal de Justiça de São Paulo para conversar sobre a situação de adolescentes em conflito com a lei. "Todos os dias têm várias atividades", revelou.

Outra preocupação do pré-candidato é a cracolândia, foco de ação policial nesta semana para combater o tráfico de drogas. Acompanhado do padre Júlio Lancelotti, Chalita pretende visitar a região, conhecida pelo predomínio de usuários de crack, para se "aprofundar" no tema. "Ali precisa de um projeto real, precisa de uma comunidade terapêutica onde a pessoa ficasse internada por meses para se recuperar e voltar para a sociedade. Senão é ação só midiática", analisou.

Mas antes de visitar a cracolândia, Chalita pretende se dedicar às costuras políticas. Amanhã, sua agenda já está comprometida com o aniversário do presidente estadual do DEM, o deputado federal Jorge Tadeu Mudalen.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEleiçõesEleições 2012Gabriel ChalitaMetrópoles globaisOposição políticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSão Paulo capital

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil