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CGU esperou eleição para denunciar suborno, diz delator

Para o ex-diretor da SBM, Jonathan David Taylor, a CGU procurou evitar o impacto negativo das acusações na campanha do PT e de Dilma Rousseff


	CGU: o órgão justificou que demorou para abrir o processo contra a empresa porque apenas em novembro teria sido possível reunir materiais suficientes
 (Divulgação)

CGU: o órgão justificou que demorou para abrir o processo contra a empresa porque apenas em novembro teria sido possível reunir materiais suficientes (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2015 às 08h18.

São Paulo - A CGU (Controladoria-Geral da União) recebeu entre agosto e outubro a denúncia de que a SBM Offshore teria pago propina para fechar contratos com a Petrobras, mas esperou até novembro, quando as eleições já haviam acabado, para abrir um processo contra a companhia holandesa. A informação foi publicada nesta terça-feira (14) em uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Para o ex-diretor da SBM e delator do esquema, Jonathan David Taylor, com a demora, a CGU procurou evitar o impacto negativo das acusações na campanha do PT e de Dilma Rousseff.

Já o órgão brasileiro justificou à publicação que demorou para abrir o processo contra a empresa porque apenas em novembro teria sido possível reunir materiais suficientes para efetivar a denúncia.

A companhia holandesa confessou ter pago US$ 139 bilhões de propinas à Petrobras. A empresa tenta atualmente fechar um acordo de leniência com a Controladoria para colaborar com as investigações em troca de se livrar das punições e continuar realizando negócios no país.

Chantagem

A SBM disse ao jornal que Taylor tentou chantagear a empresa pedindo 3,5 milhões de euros para silenciar sobre as denúncias, às quais teve acesso em 2012 após participar de uma investigação interna.

Segundo chefe jurídico da companhia, o ex-diretor teria deixado a empresa após divergências com o responsável pela auditoria.

Em resposta à reportagem, a CGU afirmou que, no Brasil, Taylor também perguntou sobre uma possível recompensa financeira em troca dos dados, o que foi negado pelo órgão.

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