Brasil

CGU cria grupo para reavaliar sigilos da gestão Bolsonaro

A gestão Bolsonaro reduziu a transparência e impediu o acesso a dados públicos, impondo segredo em documentos solicitados por cidadãos por meio da LAI sem justificativa legal, disse CGU

Jair Bolsonaro, Brazil's president, before the last televised presidential debate at the O Globo studios in Rio de Janeiro, Brazil, on Thursday, Sept. 29, 2022. The real and local stocks tumbled this week, while swap rates soared after a series of polls showed that Luiz Inacio Lula da Silva may get an outright victory in the first round, avoiding the need for a run-off. Photographer: Andre Borges/Bloomberg via Getty Images (Andre Borges/Getty Images)

Jair Bolsonaro, Brazil's president, before the last televised presidential debate at the O Globo studios in Rio de Janeiro, Brazil, on Thursday, Sept. 29, 2022. The real and local stocks tumbled this week, while swap rates soared after a series of polls showed that Luiz Inacio Lula da Silva may get an outright victory in the first round, avoiding the need for a run-off. Photographer: Andre Borges/Bloomberg via Getty Images (Andre Borges/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 09h18.

O advogado Vinicius Marques de Carvalho assumiu nesta terça, 3, o comando da Controladoria-Geral da União (CGU) prometendo que a Lei de Acesso à Informação (LAI) voltará a ser respeitada pelo governo federal. Marques montou um grupo técnico para reavaliar os sigilos impostos durante do governo Bolsonaro, como pediu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A gestão Bolsonaro reduziu a transparência e impediu o acesso a dados públicos, impondo segredo em documentos solicitados por cidadãos por meio da LAI sem justificativa legal. "(É preciso) Resgatar a confiança da população de que a regra é a transparência e o sigilo é exceção", disse.

Carvalho elogiou os trabalhos dos ex-ministros da CGU Waldir Pires, Jorge Hage e Valdir Simão. O ministro não mencionou seu antecessor, Wagner Rosario, e criticou o governo Bolsonaro. Carvalho afirmou que houve um uso indiscriminado e indevido do sigilo para supostamente proteger dados pessoais ou sob o falso pretexto de proteção da segurança nacional e da segurança do presidente República.

Marques disse que o combate à corrupção precisa ser "ressignificado" para não servir à perseguição. "Temos que fortalecer e ressignificar o combate à corrupção para que não seja usado para fins políticos e para criminalizar opositores ou para legitimar julgamento de exceção", declarou o novo ministro.

A CGU atua nas apurações de irregularidades e em acordos de leniência com empresas investigadas, incluindo as envolvidas na Operação Lava Jato.

LEIA TAMBÉM:

Acompanhe tudo sobre:CGUGoverno LulaJair BolsonaroJustiça

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto