Brasil

CGU acompanhará condução da política de gastos, decide Dilma

O órgão de controle da máquina federal trabalhará sob o modelo de "compliance" com o Ministério da Fazenda


	CGU: próximo contingenciamento orçamentário, previsto para fevereiro, já terá participação do órgão
 (Divulgação)

CGU: próximo contingenciamento orçamentário, previsto para fevereiro, já terá participação do órgão (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 20h02.

Brasília - Por determinação da presidente Dilma Rousseff, a Controladoria-Geral da União (CGU) passará a acompanhar diretamente a condução da política de gastos e operações do Tesouro Nacional.

O órgão de controle da máquina federal trabalhará sob o modelo de "compliance" com o Ministério da Fazenda.

Será uma ação preventiva para dar à CGU acesso e participação no processo de política fiscal, muito abalado nos últimos anos por conta das manobras contábeis e das "pedaladas fiscais" que levaram a área econômica a ser investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

O modelo de "compliance" é utilizado pelas companhias que têm regras de governança corporativa.

As empresas verificam, diariamente, se suas decisões econômicas atendem às normas técnicas, de forma a evitar questionamentos posteriores.

A CGU vai participar das discussões da Junta Orçamentária, grupo formado por Fazenda, Planejamento e Casa Civil.

O próximo contingenciamento orçamentário, previsto para fevereiro, já terá a participação da CGU.

O órgão deve ter acesso pleno e antecipado às escolhas sobre quais despesas reduzir em cada Pasta.

Essa parceria envolverá, por exemplo, as operações que o Tesouro faz com os bancos públicos, como Caixa e o BNDES.

Dessa forma, a área econômica quer dar mais um passo para acabar com o ruído nessa relação entre Tesouro e os bancos públicos.

Acompanhe tudo sobre:CGUGoverno DilmaMinistério da FazendaOrçamento federal

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022