Montanha de açúcar queimado: segundo Cetesb, em torno de 200 a 300 toneladas do açúcar queimado e derretido podem ter sido escoados para leito de rio (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 19h05.
São Paulo – Técnicos da Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb) seguiram, no fim da manhã de hoje (28), da agência de São José do Rio Preto, no interior paulista, para Santa Adélia, onde foram checar a possibilidade de contaminação das águas do Rio São Domingos, devido ao incêndio ocorrido sexta-feira (25) no depósito de açúcar da empresa de logística Agrovia.
Segundo nota divulgada pela Cetesb, em torno de 200 a 300 toneladas do açúcar queimado e derretido podem ter sido escoados para o leito do rio, que nasce em Santa Adélia e corre pelos municípios de Pindorama, Catanduva, Catiguá e Uchoa, até chegar ao Rio Turvo. A Cetesb informou, em nota, que recebeu denúncias da ocorrência de "uma mortandade de peixes" em Catanduva.
Um dos técnicos da companhia, José Mário Ferreira de Andrade, explicou que o xarope não é tóxico, mas que, em função da grande quantidade de material e da excessiva carga orgânica que contém, há diminuição do oxigênio dissolvido na água e pode haver mortandade de peixes nos rios. A nota da Cetesb informa ainda que pelo menos 700 toneladas desse líquido podem ter sido contidas por barreiras improvisadas com terra.
O incêndio de sexta-feira destruiu um dos dois depósitos da Agrovia, onde havia cerca de 28 mil toneladas de açúcar de dez usinas daquela região e que seguiram, por via férrea, para o Porto de Santos.