Trânsito na Av. 23 de Maio: segundo levantamento, a velocidade média dos ônibus saltou de 13 km/h para cerca de 20 km/h; a 23 de maio é o eixo com os melhores resultados (Cecilia Bastos/Jornal da USP)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 16h35.
São Paulo - Um levantamento interno da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) revela que a velocidade dos ônibus paulistanos aumentou 47% nas vias com faixas exclusivas. Com isso, a Prefeitura já fala em ultrapassar a meta de 220 km neste ano.
De acordo com o diretor de Planejamento da CET, Tadeu Leite Duarte, a velocidade média dos ônibus saltou de 13 km/h para cerca de 20 km/h. Os dados integram uma avaliação preliminar, que deve ser finalizada nos próximos dias. Ele diz que o Corredor Norte-Sul (com destaque para a 23 de Maio) é o eixo com "os melhores resultados".
Na segunda-feira, 23, mais 19,8 km de vias vão ganhar faixas exclusivas de ônibus à direita. Na lista estão a Avenida Cásper Líbero, no centro; a Rua dos Trilhos, na Mooca; a Avenida Amador Bueno da Veiga, na Penha, zona leste; e a Rua Duarte de Azevedo, em Santana, na zona norte. Assim, chegará a quase 190 a quantidade de quilômetros com faixas exclusivas à direita. Faltará relativamente pouco para os 220 km.
"Se continuarmos nesse ritmo, provavelmente teremos uma ultrapassagem desse valor neste ano mesmo", admite Duarte, sem no entanto indicar de quanto será o acréscimo.
Em um evento na região central, o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, voltou a defender ontem o transporte coletivo em detrimento do individual. "Quem falou que o viário é do carro, apenas? Temos de valorizar quem anda a pé e de bicicleta e quem usa o transporte público."
À esquerda
Especialistas em mobilidade urbana aplaudem a iniciativa, mas ainda a consideram paliativa. Eles ponderam que as faixas à direita não são o dispositivo ideal, uma vez que contam com interferências como entradas de estacionamentos e acesso a ruas.
"Na hora em que o corredor estiver à esquerda, o ônibus circulará a 30 km/h, em média, quase a velocidade comercial do metrô, incluindo os tempos de parada", diz Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.