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Cepa de Manaus representa 64% dos casos de covid na cidade de SP

O boletim municipal de quinta-feira aponta 697.819 casos e 20.813 óbitos pela doença confirmados. Na rede municipal, a ocupação é de 90% em UTI e 82% em leitos de enfermaria para pacientes do novo coronavírus

Com o resultado, o protocolo de atendimento mudou e, agora, a gestão Bruno Covas (PSDB) indica que o paciente procure atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ao notar os primeiros sintomas. (Amanda Perobelli/Reuters)

Com o resultado, o protocolo de atendimento mudou e, agora, a gestão Bruno Covas (PSDB) indica que o paciente procure atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ao notar os primeiros sintomas. (Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de março de 2021 às 12h54.

A Prefeitura de São Paulo divulgou na manhã desta sexta-feira, 26, que um levantamento feito em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) apontou que 64,4% dos casos de covid-19 em residentes na cidade são da cepa P1, primeiramente identificada em Manaus e associada à uma maior transmissibilidade e agravamento da doença. Com o resultado, o protocolo de atendimento mudou e, agora, a gestão Bruno Covas (PSDB) indica que o paciente procure atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ao notar os primeiros sintomas.

O objetivo da mudança de protocolo é evitar que esses casos se agravem, necessitando de internação. Ao todo, a análise foi feita com 92 amostras de exames RT-PCR colhidas na primeira semana de março, das quais foram selecionadas 73 de residentes na cidade.

O estudo mostrou que 64,4% dos casos de residentes são da cepa de Manaus, 6,8% da identificada primeiramente no Reino Unido (B.1.1.7) e 28,8% de 21 outras linhagens distintas não consideradas VOC ("variant of concern", "variante de preocupação" em inglês).

O monitoramento mostrou que as variantes brasileira e britânica estão em todas as regiões da cidade. "É muito claro que já está em toda a cidade", destacou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido. A capa P.1 foi identificada pela primeira vez na capital paulista em 22 de fevereiro.

Um estudo feito pela rede Dasa de laboratórios em parceria com cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) em março já havia apontado que a variante P.1 é predominante na Grande São Paulo, representando 77% das amostras analisadas. No mesmo mês, outra análise do IMT-USP apontou que 93% dos casos em Araraquara, município do interior paulista que teve grande aumento de casos em fevereiro, eram da nova cepa brasileira.

Nesta sexta-feira, 26, teve início do feriado prolongado na cidade. Na quinta-feira, 25, a gestão Bruno Covas divulgou a ampliação de leitos e a compra de 19 miniusinas de produção de oxigênio medicinal.

O boletim municipal de quinta-feira aponta 697.819 casos e 20.813 óbitos pela doença confirmados. Na rede municipal, a ocupação é de 90% em UTI e 82% em leitos de enfermaria para pacientes do novo coronavírus.

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