O centro antiterrorismo será montado em área próxima dos locais de competição das Olimpíadas de 2016 (Fernando Frazão/Agencia Brasil)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2015 às 16h50.
Rio de Janeiro - A prevenção contra ações terroristas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, no Rio, contará com um centro que vai reunir agentes de segurança do Brasil e de outros países.
A informação foi dada hoje (30) por autoridades da área, que apresentaram uim planejamento para garantir estabilidade nas competições.
Segundo o secretário extraordinário de segurança para grandes eventos, Andrei Rodrigues, o centro deve ter sua estrutura concluída até o início do ano que vem, para que possa receber profissionais de países parceiros cerca de 15 dias antes do início do evento, em 5 de agosto de 2016.
“O investimento é para que tenhamos de forma célere de troca de informação, qualificando a prevenção [ao terrorismo]", disse o secretário.
Os países participantes do esforço conjunto, segundo Andrei, são os que "historicamente” já contribuem para o processo de segurança.
"Teremos parcerias com países que compõem o sistema Interpol, e com aqueles que poderão trazer informações úteis para a segurança de todos aqui no evento", disse.
O centro antiterrorismo será montado em área próxima dos locais de competição, de acordo com Andrei.
Ele disse que a ideia partiu do amadurecimento obtido em eventos anteriores sediados pelo país e, ainda, em missões enviadas a a competições em outros países, como aos Jogos Pan-Americanos de Toronto.
Para o assessor especial para grandes eventos do Ministério da Defesa, general Luiz Felipe Linhares, a ideia de criar o centro antiterrorismo vai favorecer a criação de um protocolo de ações, que, segundo ele, são a “chave de qualquer resposta a uma possível ação terrorista".
O diretor do Departamento de Integração do Sistema Integrado Brasileiro de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura, afirmou que o Brasil já mantém relações com 80 países para a troca de informações.
Segundo ele, o acompanhamento do tema é feito de forma "perene" pelos 35 órgãos que compõem o Sistema Brasileiro de Inteligência.
"Todos os países estão interessados e têm boa vontade de trocar informações conosco. Então, uma coisa que temos certeza é que na área de inteligência, estamos bem abastecidos", disse.