Censo: a maior discrepância acontece dos 15 aos 34 anos (Raul Arboleda/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 25 de outubro de 2024 às 10h57.
Última atualização em 25 de outubro de 2024 às 10h59.
Homens brasileiros morrem mais do que as mulheres, em todas as faixas etárias ao longo da vida. É o que indicam os dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022 e divulgados nesta sexta-feira, 25. O cenário só se inverte no grupo com idades entre 80 e 84 anos, quando a parcela feminina da população é consideravelmente maior do que a masculina.
A maior discrepância acontece dos 15 aos 34 anos. Neste intervalo, os óbitos entre homens são bem mais numerosos que entre as mulheres, por conta das chamadas "causas externas": acidentes de trânsito, homicídios, suicídios e outras motivações violentas.
O cenário mais desigual se concentra no grupo etário dos 20 aos 24 anos, quando há uma diferença de significativa na letalidade por sexo. Nesta fase, são 371 óbitos de homens a cada 100 mortes de mulheres. Desta forma, a sobremortalidade entre o gênero masculino é 3,7 vezes maior.
Entre agosto de 2021 a julho de 2022, o Brasil registrou pouco mais de 1,3 milhão de óbitos. Deste total, 722.225 (54,5%) eram do sexo masculino, enquanto 603.913 (45,5%) do feminino.
O Tocantins lidera o ranking de estados com maior sobremortalidade masculina, com 150 óbitos masculinos para 100 óbitos femininos (1,5 vezes superior). Na sequência, aparecem outras duas localidades do Norte do país: Rondônia (1,48) e Roraima (1,47). Na quarta posição, está Mato Grosso (1,42), o único que não faz parte da região. Amapá (1,41), Amazonas (1,37) e Pará (1,36) completam a lista. Todos os sete superam a média nacional (1,20).
Por outro lado, as menores razões se deram, respectivamente, no Rio de Janeiro (1,05), Pernambuco (1,12) e Rio Grande do Sul (1,14).