Brasil

Censo 2022: Brasil tem 203 milhões de habitantes

O número oficial representa uma redução da estimativa do IBGE, que considerava que o país tinha 213 milhões de pessoas

Transporte público: São Paulo perdeu 2 milhões de passageiros diários depois da pandemia de covid-19 (Adam Hester/Getty Images)

Transporte público: São Paulo perdeu 2 milhões de passageiros diários depois da pandemia de covid-19 (Adam Hester/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 28 de junho de 2023 às 11h07.

Última atualização em 28 de junho de 2023 às 11h39.

O Brasil tem 203.062.512 habitantes, segundo dados do o Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo IBGE. Desde 2010, quando foi realizada a última pesquisa, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. Isso resulta em uma taxa de crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país. O número oficial também representa uma redução da estimativa do IBGE, que considerava que o país tinha 213 milhões de pessoas.

Desde o primeiro Censo, há 150 anos,  o Brasil aumentou a sua população em mais de 20 vezes: ao todo, um acréscimo de 193,1 milhões de habitantes. O maior crescimento, em números absolutos, foi registrado entre as décadas de 1970 e 1980, quando houve uma adição de 27,8 milhões de pessoas. Mas a série histórica do Censo mostra que a média anual de crescimento vem diminuindo desde a década de 60. “Em 2022, a taxa de crescimento anual foi reduzida para menos da metade do que era em 2010 (1,17%)”, afirma o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte.

Regiões mais populosas

O Sudeste continua sendo a região mais populosa do país, atingindo, em 2022, 84,8 milhões de habitantes. Esse contingente representava 41,8% da população brasileira. Já o Nordeste, onde viviam 54,6 milhões de pessoas, respondia por 26,9% dos habitantes do país. As duas regiões foram as que tiveram a menor taxa de crescimento anual desde o Censo 2010: enquanto a população do Nordeste registrou uma taxa crescimento anual de 0,24%, a do Sudeste foi de 0,45%.

Por outro lado, o Norte era a segunda região menos populosa, com 17,3 milhões de habitantes, representando 8,5% dos residentes do país. Essa participação da região vem crescendo sucessivamente nas últimas décadas. A taxa crescimento anual foi de 0,75%, a segunda maior entre as regiões, mas bem inferior àquela apresentada no período intercensitário anterior (2000/2010), quando esse percentual era de 2,09%. Isso significa que, embora a população continue aumentando, o ritmo de crescimento do número de habitantes do Norte é menor em relação à década anterior.

A taxa de crescimento anual do Norte, frente aos dados de 2010, só foi menor do que a do Centro-Oeste (1,23%), região que chegou a 16,3 milhões de habitantes, o menor contingente entre as regiões. Isso significa um aumento de 15,8% em 12 anos. O Sul, que concentrava 14,7% dos habitantes do país, aumentou seu contingente populacional em 9,3% no mesmo período, alcançando 29,9 milhões de pessoas.

São Paulo: o estado mais populoso

Os primeiros resultados do Censo 2022 também apontaram que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro seguem sendo os estados mais populosos do país. Juntos, os três concentravam 39,9% da população brasileira. São Paulo, o maior deles em termos de população, tinha 44,4 milhões de habitantes. Cerca de um quinto da população brasileira (21,8%) vivia no estado.

Roraima também continua sendo o estado menos populoso, com 636,3 mil habitantes, ainda que tenha apresentado a maior taxa de crescimento anual no período de 12 anos (2,92%). Na sequência, os estados com menor número de habitantes foram Amapá (733,5 mil) e Acre (830 mil).

Acompanhe tudo sobre:Censo 2020IBGE

Mais de Brasil

Líder do PSD desiste de candidatura à sucessão de Lira na Câmara e vai apoiar Hugo Motta

Fim da escala 6x1: o que acontece agora que a PEC atingiu as assinaturas para tramitar na Câmara?

STJ começa julgamento sobre plantio da cannabis para fins medicinais

PEC que acaba com escala 6x1 atinge assinaturas necessárias para ser protocolada; veja quem assinou