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Censo 2022: Brasil está envelhecendo rapidamente e população começará a encolher em 2042

No Rio, número de habitantes já começa a diminuir em 2028. No Rio Grande do Sul e em Alagoas, em 2027. Só Mato Grosso continuará a crescer no futuro. Em 2070, 37,8% dos habitantes do país serão idosos

 (Getty)

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Agência o Globo
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Publicado em 22 de agosto de 2024 às 10h10.

Última atualização em 22 de agosto de 2024 às 10h14.

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Em uma realidade não muito distante, o Brasil vai começar a ver sua população diminuindo. Daqui a apenas 18 anos, em 2042, o número de habitantes no país já vai começar a cair, ao passo em que a proporção de idosos só vai aumentar. Os dados são das Projeções de População 2024, divulgadas pelo IBGE nesta quinta-feira e feitas, pela primeira vez, com base nos dados do Censo de 2022. E que indicam uma queda da população antes do previsto.

Na projeção anterior do instituto, a expectativa era de que a redução da população começaria por volta de 2048. Porém, os novos indicadores mostram que, em menos de 20 anos, o número de habitantes vai chegar ao pico de 220.425.289 em 2041. Esse número vai continuar caindo até 2070 (último ano da projeção do IBGE), chegando a 199.228.708, caindo mais de 0,67% ao ano.

"Na projeção que fizemos em 2018, essa queda da população começaria na segunda metade da década de 2040, perto de 2048. Houve uma antecipação. Na projeção anterior, ao olhar para o gráfico, aparentemente era meio que estável. Após a pandemia a trajetória foi no sentido de uma queda. É um ritmo de decrescimento cada vez maior", explica Marcio Minamiguchi, gerente de Projeções e Estimativas Populacionais do IBGE.

Em alguns estados esse processo será ainda mais rápido. No Rio de Janeiro, por exemplo, só vai levar quatro anos para a população começar a cair, em 2028. Já no Rio Grande do Sul e em Alagoas, a queda de habitantes tem início marcado para 2027. Seja mais rapidamente ou de forma mais lenta, a tendência é de encolhimento na maior parte dos estados. O único que indica crescimento ao longo dos próximos anos, e inclusive após 2070, é o Mato Grosso.

Mais idosos, menos nascimentos

Essa queda da população tem como uma das causas a baixa taxa de fecundidade e a queda do número de crianças nascendo, que recuou de 3,6 milhões ao ano em 2000 para 2,6 milhões em 2022, e deve cair para 1,5 milhão em 2070. Esses números também têm impacto no envelhecimento da população.

De 2000 a 2023, proporção de idosos (60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. Se atualmente a maior parcela (26,2%) tem entre 40 e 59 anos, por volta de 2042, a faixa etária dos idosos já será a maior. Indo mais para a frente, em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do país serão idosos.

Com isso, a idade média da população também está aumentando. Em 2000, era de 28,3 anos. Já em 2023, , subiu para 35,5 e a expectativa é de que chegue aos 48,4 anos em 2070. Em estados como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, a população de 60 anos ou mais já é maior do que a de 0 a 14 anos.

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