Museu Nacional: Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro negou que tenha faltado água para o combate ao incêndio (Ricardo Moraes/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 3 de setembro de 2018 às 09h43.
A Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae) negou que tenha faltado água para o combate ao incêndio de grandes proporções que atingiu na noite de ontem (2) todo o acervo e o prédio do Museu Nacional, no Rio.
Segundo a Cedae, havia água para o combate às chamas. “Como informado, a região está plenamente abastecida. Inclusive foram disponibilizados outros hidrantes na localidade da Quinta [da Boa Vista] que abasteceram os carros-pipa que atuaram no local”, diz em nota a empresa.
Ela informou que a companhia tem como procedimento habitual adotar o envio de equipes ao local para ajudar em caso de necessidade.
“Em casos de incêndios de grandes proporções, equipe se apresenta no local para verificar a necessidade de apoio aos bombeiros, seja no envio de carro-pipa ou abastecimento de hidrante. No caso deste incêndio, a Cedae disponibilizou carros-pipa que estão à disposição para uso dos bombeiros, mesmo com a região estando plenamente abastecida”,diz a nota.
Problemas de funcionamento dos hidrantes próximos ao local do incêndio foram informados pelo comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Roberto Robadey.
Segundo ele, o combate ao incêndio foi prejudicado pela falta de água. “Os bombeiros chegaram com um caminhão-tanque cheio de água, mas quando o reservatório se esgotou, tentou-se sem sucesso usar água dos hidrantes localizados ao redor do museu”.
O coronel disse que foi preciso pedir apoio à Companhia de Águas e Esgotos do Rio (Cedae) para ceder carros-pipa. Também foi utilizada água do lago da Quinta da Boa Vista.
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, também afirmou, ainda durante a madrugada, que as dificuldades logísticas e estruturais dos bombeiros prejudicaram o combate ao incêndio no Museu Nacional.