O senador Delcídio Amaral: ainda na quarta-feira, a defesa de Delcídio requisitou que ele fosse ouvido na CCJ antes da votação (Geraldo Magela/ Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2016 às 12h51.
Brasília - À semelhança do que aconteceu, por mais de um mês, no Conselho de Ética, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) cedeu aos pedidos de Delcídio Amaral (sem partido-MS), e vai dar nova chance para que ele se defenda pessoalmente na próxima segunda-feira, 9, do seu processo de cassação.
O parecer que recomenda o fim do mandato do senador já foi aprovado no Conselho de Ética na última terça-feira. Antes de seguir para o plenário, entretanto, é preciso que a constitucionalidade da questão seja examinada pela comissão.
O relator na CCJ, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), também já deu parecer favorável pela cassação de Delcídio, mas é preciso que a decisão seja acolhida pelos membros da comissão em votação.
Ainda na quarta-feira, a defesa de Delcídio requisitou que ele fosse ouvido na CCJ antes da votação.
A mesma situação aconteceu por um mês no Conselho de Ética, onde os senadores marcaram cinco audiências para receber Delcídio, mas ele faltou alegando problemas de saúde.
O pedido da defesa para ouvir Delcídio nesta semana veio acompanhado de um pedido de licença de 100 dias.
Impeachment
Com a votação remarcada para a próxima segunda, ainda é possível manter o calendário previsto pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que confirmou que a votação final pela cassação de Delcídio, no plenário da Casa, deve acontecer na próxima terça, um dia antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Foi a própria presidente quem pediu que a votação da cassação de Delcídio acontecesse antes da votação do impeachment.
Caso Delcídio não seja cassado nesta semana, é muito possível que ele compareça a audiência do impeachment e vote pelo afastamento da presidente, como já declarou.
Antes de sua prisão preventiva, Delcídio era o líder do governo Dilma Rousseff. Ao ser solto, entretanto, ele citou a presidente em sua delação premiada.