Jurista Luiz Edson Fachin é o quinto ministro indicado por Dilma Rousseff para o STF (Divulgação/TJPR)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2015 às 18h46.
Brasília - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, José Maranhão (PMDB-PB), marcou para 12 de maio a sabatina do jurista Luiz Edson Fachin, indicado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) pela presidente Dilma Rousseff.
As reuniões da CCJ costumam acontecer às quartas-feiras, mas a antecipação da sabatina foi combinada com parlamentares da base aliada para que a indicação seja submetida ao plenário já no dia seguinte, quando não deve haver problema de quórum na Casa.
Indicado pela presidente Dilma no dia 14 de abril, o nome de Fachin vem enfrentando resistência de diversos senadores, a começar pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que está descontente com o governo e vê na rejeição do nome indicado por Dilma uma forma de medir forças com o Palácio do Planalto.
Na última quarta-feira, 29, quando o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou o seu parecer favorável ao nome do jurista, parlamentares tanto da base quanto da oposição afirmaram que era preciso mais tempo para tirar dúvidas sobre o currículo de Fachin.
Apoiados por uma questão regimental, o grupo conseguiu adiar a sabatina inicialmente prevista para esta semana.
A expectativa é que Fachin seja muito questionado durante a sessão da CCJ, principalmente por conta de suas posições consideradas mais progressistas em áreas como direito da terra e da família.
A oposição também coloca em dúvidas a capacidade de fazer julgamentos imparciais do indicado, já que nas eleições de 2010 ele gravou um vídeo de apoio a Dilma.