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CCJ do Senado mantém cota mínima de candidaturas femininas nas eleições

Proposta tinha o argumento de que a exigência faz surgir candidaturas "laranjas", apenas para cumprir a legislação

Com a rejeição na CCJ do Senado, projeto será arquivado se não houver recursos contra a votação (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Com a rejeição na CCJ do Senado, projeto será arquivado se não houver recursos contra a votação (Marcos Oliveira/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2019 às 15h08.

Brasília — A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou nesta quarta-feira, 24, o projeto que buscava acabar com o porcentual mínimo de candidaturas femininas exigido aos partidos políticos nas eleições. A proposta havia sido apresentada pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA) com o argumento de que a exigência provoca o surgimento de candidaturas "laranjas" apenas para cumprir a legislação.

Com a rejeição na CCJ, o projeto será arquivado se não houver recursos contra a votação. O relator da matéria no colegiado, Fabiano Contarato (REDE-ES), entendeu que a proposta tinha uma intenção positiva em combater candidaturas de fachada, mas que o Congresso não pode acabar com aquilo que ele considera como uma conquista das mulheres na participação eleitoral.

A legislação eleitoral determina que cada partido ou coligação preencha o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Como a maioria dos candidatos que se apresentam em cada eleição é composta por homens, as legendas ficam obrigadas a garantir que 30% das vagas sejam para mulheres.

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