Brasil

Casos de tuberculose no Brasil caíram 3,54%

A tuberculose é ainda, a 4ª causa de morte por doenças infecciosas no Brasil

Ao anunciar a redução do número de casos de tuberculose, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o novo indicador não é para ser comemorado (sxc.hu)

Ao anunciar a redução do número de casos de tuberculose, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o novo indicador não é para ser comemorado (sxc.hu)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 18h47.

São Paulo - Os casos de tuberculose no Brasil caíram 3,54% em relação a 2010. Ano passado, foram confirmadas 69.245 infecções da doença, ante 71.790 registradas em 2010. Apesar da queda, o Brasil ocupa ainda a 17ª posição na lista de 22 países de alta carga da doença, por causa do grande número de infecções. A tuberculose é ainda, a 4ª causa de morte por doenças infecciosas no Brasil.

Ao anunciar a redução do número de casos de tuberculose, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o novo indicador não é para ser comemorado. "Mas para mostrar que estamos caminhando em um ritmo adequado". De acordo com a Pasta, na última década o País registrou uma queda de 15,9% na incidência da doença.

Além de números serem altos, indicadores divulgados nesta segunda-feira sinalizam um dado que precisa ser melhor acompanhado: as taxas de cura de tuberculose no Brasil caíram de 73,5% em 2009 para 70,3%, em 2010. O índice está abaixo dos 85% recomendados pela Organização Mundial da Saúde e está associado principalmente ao alto índice de abandono do tratamento.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que 9,5% dos pacientes analfabetos e 6,3% dos que tem mais de 8 anos de escolaridade não concluem o tratamento, que é gratuito. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa, afirma que a mudança dos números de cura podem ser provocados por melhora do registro. Casos que antigamente eram automaticamente considerados como de cura agora são analisados com maior rigor.

Barbosa reconhece, no entanto, ser necessária a adoção de estratégias para tentar reduzir o abandono de tratamento. Uma das medidas anunciadas, que começa em cinco capitais de forma experimental, é o envio de mensagens, por celular, para pacientes em tratamento. Os textos, diários, questionam se o paciente já tomou o remédio. A experiência começa no segundo semestre no Distrito Federal, Vitória, Aracaju, Florianópolis e Palmas.

"Se a iniciativa der certo, ela poderá ser ampliada para todo País, para todos pacientes", disse Barbosa. O Ministério pretende também adotar o teste rápido de tuberculose para acelerar a redução de casos da doença no País. A ideia é ofertar em cidades onde há grande prevalência da infecção, principalmente entre populações mais vulneráveis, para que tratamento comece a ser feito o mais rapidamente possível, e, com isso, ajudar a reduzir o ritmo de novas transmissões da doença no País.

A estratégia já vem sendo adotada, em um estudo piloto, no Rio e Manaus. O resultado deverá ser avaliado em junho. De acordo com a resposta, a iniciativa será expandida para capitais onde há alta prevalência da doença e entre grupos considerados com maior risco, como tribos indígenas e moradores de rua. "O teste rápido reduz o risco de resultados falso negativo. Além disso, ele permite o início do tratamento logo no primeiro estágio da doença", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

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