Brasil

Caso Marielle: STF julga na terça acusação da PGR que pode tornar réus irmãos Brazão e delegado

PGR apresentou denúncia no mês passado contra irmãos Brazão e delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ. Alexandre de Moraes marcou julgamento na Primeira Turma

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 12 de junho de 2024 às 15h41.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar na próxima terça-feira a denúncia do caso do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes. Relator do caso e presidente da Primeira Turma, o ministro Alexandre de Moraes liberou o processo para a análise e marcou o julgamento.

No mês passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu denúncia contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão; seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ); o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado; e o policial militar Ronald Alves de Paula, ex-chefe de uma milícia, pelos homicídios.

Domingos, Chiquinho e Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, assessor do conselheiro, também foram denunciados pela PGR por organização criminosa.

Durante as investigações da Polícia Federal, o delator do caso, o ex-policial militar Ronnie Lessa, afirmou Chiquinho, então vereador do Rio, teve uma "descontrolada reação" em relação à atuação de Marielle para a votação de um projeto de lei na Câmara. Com o projeto, ele e o irmão buscariam a regularização de um condomínio na região de Jacarepaguá, na zona oeste da cidade, visando obter o título de propriedade para especulação imobiliária.

Segundo Lessa, o delegado Rivaldo Barbosa foi uma peça-chave para que os homicídios fossem consumados a mando dos Brazão. Ao delegado, caberia garantir uma espécie de imunidade aos envolvidos para evitar que a investigação chegasse aos responsáveis pelo crime. Barbosa e os irmãos negam as acusações feitas pelo delator. O ex-PM está preso desde 2019 sob a acusação de ser o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson.

Acompanhe tudo sobre:Marielle FrancoAssassinatosCrimeFeminicídios

Mais de Brasil

Lira encerra mandato na presidência da Câmara e diz que não terá problemas em voltar a ser deputado

Veja como votou cada deputado na proposta do pacote de corte de gastos

TSE forma maioria para rejeitar candidatura de suspeito de envolvimento com milícia

Fim do DPVAT? Entenda o que foi aprovada na Câmara e o que acontece agora