Brasil

Caso de Suzano não mudará atuação da Bancada da Bala, diz líder

A avaliação é do líder da bancada, o deputado federal Capitão Augusto, que tenta minimizar tragédia de Suzano na defesa de grupos pró-armas

Capitão Augusto: líder da bancada da bala disse que "não há legislação no mundo capaz de evitar uma tragédia como essa" (Mongkol Nitirojsakul/Getty Images)

Capitão Augusto: líder da bancada da bala disse que "não há legislação no mundo capaz de evitar uma tragédia como essa" (Mongkol Nitirojsakul/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de março de 2019 às 16h26.

Última atualização em 23 de abril de 2019 às 16h37.

São Paulo e Brasília - Congressistas da Frente Parlamentar de Segurança Pública, conhecida como Bancada da Bala, não vão recuar na intenção de aprovar a permissão para porte de armas. A avaliação é do líder da bancada, o deputado federal Capitão Augusto, que tenta minimizar tragédia de Suzano na defesa de grupos pró-armas.

"É óbvio que grupos desarmamentistas vão tentar usar essa tragédia para tentar demonizar as armas. Não há legislação no mundo capaz de evitar uma tragédia como essa. Se alguém na escola tivesse uma arma, a história poderia ser outra".

Para o parlamentar, a bancada já tem força o suficiente para aprovar a medida. Na conta dele, a frente será lançada até o dia 20, com mais de 300 nomes favoráveis a medida.

"Não altera nossa agenda. Vamos dar o direito do cidadão de bem se defender".

Durante a tarde, a Câmara dos Deputados fez um minuto de silêncio em favor das vítimas da tragédia que deixou dez mortos e oito feridos.

Um dos expoentes da Bancada da Bala, o senador Major Olimpo (PSL-SP) também disse nesta quarta-feira, 13, em reunião da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado Federal, que, se algum funcionário da escola portasse arma de fogo, a tragédia que aconteceu nesta manhã em uma escola de Suzano, na Grande São Paulo, seria minimizada.

Oito pessoas foram assassinadas, entre funcionários e alunos da instituição. Os atiradores, de 25 e 17 anos, se suicidaram. "Se tivesse um cidadão com uma arma regular dentro da escola, professor, servente, policial aposentado trabalhando lá, ele poderia ter minimizado o tamanho da tragédia", discursou.

O senador atacou fortemente o Estatuto do Desarmamento e os críticos do decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) que flexibilizou as regras para obtenção da posse de arma. Para o parlamentar, apesar do decreto presidencial, a legislação continua muito restritiva e peca por omissão.

"Não podemos deixar que os aproveitadores se utilizem da tragédia para falar que o desarmamento é solução", escreveu o parlamentar em seu último tuíte.

Acompanhe tudo sobre:ArmasMassacresMortesSuzano (SP)Tiroteios

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022