Luiz Inacio Lula da Silva: o Supremo já recebeu 17 ações que envolvem a posse do ex-presidente como ministro da Casa Civil (Adriano Machado / Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2016 às 16h31.
Brasília - A guerra jurídica que envolve a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cargo de ministro da Casa Civil pode ser resolvida pelo plenário do STF somente a partir da semana que vem.
Devido ao feriado da Semana Santa, o Supremo não terá sessões nas duas turmas e no plenário nesta semana.
No entanto, uma decisão provisória pode ser proferida pelos ministros Teori Zavascki e Edson Fachin, relatores de recursos protocolados pela defesa de Lula e pela Advocacia-Geral da União (AGU).
De acordo com a Lei 5.010/1966, norma que organizou a Justiça Federal (JF), é feriado na JF e nos tribunais superiores da quarta-feira da Semana Santa até o domingo de Páscoa.
O Supremo já recebeu 17 ações que envolvem a posse de Lula.
Em duas delas, o ministro Gilmar Mendes decidiu, na última sexta-feira (18), atender pedido do PPS e do PSDB para suspender a nomeação de Lula, além de determinar que o ex-presidente continue sendo investigado pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba.
Habeas corpus
O ministro Edson Fachin é o relator de um habeas corpus (HC) no qual a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede a nulidade da decisão de Gilmar Mendes.
Inicialmente, o pedido foi enviado ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, mas hoje o ministro decidiu distribuir o habeas corpus eletronicamente, por entender que o assunto não é de competência da presidência do tribunal.
Teori Zavascki relata recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) para que as ções que contestam a posse de Lula na Casa Civil sejam suspensas, inclusive a proferida por Gilmar Mendes, até decisão definitiva da Corte.