Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil e membro do PSDB, em evento da legenda (Antônio Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 05h49.
Brasília - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho voltou a criticar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que chamara de "levianas" as palavras do petista sobre a falta de eficiência das investigações ocorridas no governo tucano.
"(FHC) está no papel de se defender, agora eu não vou... o povo sabe, oras, o povo do Brasil viveu e vive e sabe o que aconteceu, não vou polemizar com o ex-presidente, mas lamento muito porque o governo dele não foi isso que ele tá dizendo o que foi. Eu tenho respeito por ele e pela história dele, mas não posso ter respeito pelos erros que foram cometidos no governo dele assim como também eu reconheço os erros que o nosso governo comete".
Para Carvalho, a gestão da presidente Dilma Rousseff não vê como "demérito" ser humilde. "Não vou ficar batendo boca, não quis ofendê-lo (...) mas é conveniente que as pessoas que governaram o país também reconheçam os erros que cometeram".
Carvalho saiu em defesa também do ex-presidente Lula. "Por onde anda, Lula é endeusado, diferente de outros. Por quê? Porque lutamos com amor pelo país. A grande maioria dos membros do nosso governo são pessoas sérias, que não se enriqueceram, que não fizeram privatizações equivocadas", provocou novamente a gestão tucana.
De acordo com o ministro de Dilma, "não é o erro de uma ou de outra pessoa que vai atrapalhar esse projeto que está se consolidando como o projeto de um novo país, onde os esquecidos são lembrados. Não há erro de algumas pessoas que vai apagar. Falo pelo governo e tomo a liberdade de falar pelo Partido dos Trabalhares que tem, naturalmente, que fazer autocrítica dos erros que cometeram por esse ou por aquele, é natural isso, a vida é assim, a gente aprende com os erros, estamos de cabeça erguida, conscientes da nossas limitações, mas também com o coração claro das nossas intenções e daquilo que o Brasil era em 2002 e do que é em 2012", disse. "O Brasil precisava passar pelo que está passando no sentido de acabar com o malfeito, isso faz bem para o amadurecimento da democracia", emendou.
Especificamente sobre a Operação Porto Seguro, ele disse ainda que a Polícia Federal não está imune a erros e que, apesar do ótimo trabalho realizado, "Houve um ou outro caso de excesso ao longo do processo".