Padilha recebe profissionais estrangeiros do Mais Médicos: ministro afirmou nesta terça que médicos cubanos que chegaram a Fortaleza foram alvo de "preconceito e xenofobia" (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2013 às 17h06.
Brasília - Durante encontro com movimentos sociais no Palácio do Planalto, o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira, 28, que os médicos estrangeiros que chegam ao país são alvo de xenofobia, racismo e corporativismo exacerbado.
Ao comentar os protestos de médicos brasileiros, contrários ao programa Mais Médicos, Carvalho afirmou que tem visto "declarações infelizes" de manifestantes.
"(Temos visto) declarações infelizes, gestos - alguns legítimos - de protestos, outros que causam espécie porque carregados de preconceito, xenofobia, corporativismo exacerbado, além do racismo", afirmou.
"Sabemos que há outras questões (dificuldades na saúde), mas, sem dúvida, a ausência do profissional tem sido um clamor, uma carência largamente manifestada pelo nosso povo. É fundamental que a sociedade esteja informada do alcance total desse programa. É importante que a gente defenda as causas populares", disse.
De acordo com ele, não é possível acreditar que alguém "de bom senso" deixe de concordar com a essência do programa. "O debate está dado e muitas vezes a desinformação e o preconceito acabam formando opiniões", disse.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira, 27, que os médicos cubanos que chegaram a Fortaleza e enfrentaram críticas de profissionais brasileiros foram alvo de "preconceito e xenofobia".
O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal decidiu instaurar inquérito civil para apurar denúncias de supostas violações aos direitos humanos de cubanos participantes do Mais Médicos.