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Carvalho defende ministro e atuação de filantrópicas

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência pediu "rigoroso processo de fiscalização" nas instituições para evitar desvios de recursos públicos


	Gilberto Carvalho: para o ministro, "nós jamais poderemos entrar numa linha de criminalizar as entidades" e "temos que dar crédito a elas"
 (ABr)

Gilberto Carvalho: para o ministro, "nós jamais poderemos entrar numa linha de criminalizar as entidades" e "temos que dar crédito a elas" (ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2013 às 15h19.

Brasília - O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, defendeu o ministro do Trabalho, Manoel Dias, e o trabalho das entidades filantrópicas.

Mas ele pediu "rigoroso processo de fiscalização" nas instituições para evitar desvios de recursos públicos, que ele considera "um crime que tem que ser severamente punido", em referência à organização criminosa que desviou R$ 18 milhões de um convênio com o Ministério do Trabalho.

Gilberto aproveitou a cerimônia de comemoração da inclusão de funcionários com deficiência no Planalto para citar irregularidades em ONGs, mas evitou comentar as denúncias publicadas nesta segunda-feira, 16, no jornal O Estado de S. Paulo de que a mulher de Manoel Dias estaria ligada a convênios irregulares.

"Isso é um dado novo", limitou-se a dizer, saindo, em seguida, em defesa de Manoel Dias, ressaltando que "quem o conhece sabe da seriedade dele, da história dele" e da importância do trabalho desenvolvido pelas entidades sociais.

Gilberto preferiu se concentrar na defesa das ONGs, Santas Casas, e outras instituições, alegando que, "se as entidades sociais parassem de trabalhar, nós teríamos uma catástrofe por que quem cuidaria de tantos orfanatos, quem cuidaria de tantos abrigos para órfãos, quem cuidaria do trabalho de jovens que infelizmente se envolvem com drogas, quem cuidaria dos idosos?", questionou.

Para Carvalho, "nós jamais poderemos entrar numa linha de criminalizar as entidades" e "temos que dar crédito a elas". Mas ressalvou que, junto com isso, é preciso ter um rigoroso processo de fiscalização do dinheiro público porque "ele é sagrado e a picaretagem não pode ter vez e as entidades sérias querem uma fiscalização maior".

Viagem aos EUA

Em relação a viagem da presidente Dilma Rousseff aos EUA, o ministro disse que caberá à presidente a decisão sobre o cancelamento ou não da ida a Washington para a visita de Estado. Segundo ele, essa decisão será tomada após a reunião que ela terá com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo ainda nesta segunda-feira.

Gilberto assegurou que a presidente já deixou muito claro que o País está num processo de diálogo maduro com os Estados Unidos, acrescentando que, portanto, "não é hora de bravata". "Uma coisa o povo pode ficar tranquilo: a presidente Dilma jamais vai abrir mão da afirmação radical de nossa soberania", avisou Gilberto.

Mensalão

O ministro evitou fazer maiores comentários sobre a expectativa do governo em relação ao desfecho do julgamento do mensalão. "O governo está numa posição de expectativa, de esperar. Nós não vamos fazer nenhum juízo de valor. A gente tem acompanhado esse processo, mas a gente prefere não dar opinião", declarou Gilberto. "Vamos esperar os resultados e seguir a vida, concentrando muito no nosso trabalho", completou.

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