Protesto contra a Copa no Rio de Janeiro (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2014 às 20h49.
Brasília - O Palácio do Planalto manterá o reforço na segurança de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro neste domingo, 13, depois da final da Copa, apesar de dispor de informações indicando que serão esvaziadas as manifestações de rua programadas por grupos na internet.
A ordem é evitar violência e destruição de patrimônio. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, classificou como "um lixo" o vídeo de convocação do Anonymus para a manifestação, que será "um redondo fracasso", em sua avaliação.
Gilberto Carvalho, que já havia pedido "bom senso" e "cabeça fria" aos manifestantes e para que as pessoas evitassem se contaminar com mobilizações movidas pela decepção com a derrota vergonhosa do Brasil para a Alemanha, disse que tem "plena convicção que a convocatória para domingo será um redondo fracasso, com presença de poucos representantes deste tipo de juventude engomadinha".
Para o ministro, esta é uma "convocação covarde e anônima, com bico grande e coragem pequena de assumir o que faz".
Indignado com a forma como a convocação está sendo realizada, o ministro Gilberto acrescentou que este vídeo foi produzido por quem "não tem coragem de assinar o que faz, e, no seu anonimato, mostra, de novo, o oportunismo de conservadores, tal como aconteceu em junho, tentando surfar na onda das mobilizações para fazer uma campanha anti-PT, anti governo".
O ministro reiterou que acredita no fracasso da manifestação.
Segundo o governo, os Centros de Coordenação de Defesa de Área criados para atuar na segurança durante a Copa, estão compartilhando informações e acompanhando atentamente todo e qualquer dado sobre os protestos.
No caso de Brasília, onde a manifestação está prevista para ser realizada na Praça dos Três Poderes, a ideia é reforçar o policiamento do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e até mesmo do Congresso, para evitar qualquer possibilidade de destruição do patrimônio público, como houve no ano passado, quando o Itamaraty foi atingido e teve vidraças quebradas.
No caso do Palácio do Planalto, sempre que há manifestações, há reforço na segurança não só da Polícia Militar do DF, mas também da Polícia do Exército, além dos próprios seguranças da Presidência.
Na frente do Planalto, o Gabinete de Segurança Institucional mantém duas fileiras de grades, para impedir o avanço de manifestantes.
Perguntado sobre o reforço de segurança, o GSI afirmou que "os eventos que possam comprometer a segurança da Copa do Mundo têm sido acompanhados pelo Sistema Brasileiro de Inteligência e difundidos, em momento oportuno, aos diferentes órgãos de segurança envolvidos".
Não indica, no entanto, que tipo de ação será executada.