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Cartolas do Rio articulam mudanças na CBF

Dirigentes dos quatro grandes clubes do Rio articulam nos bastidores para construir uma agenda conjunta de propostas

Os clubes cariocas precisam exercer sua força no cenário nacional e evitar uma concentração de poder nas mãos de personalidades paulistas (Harold Cunningham/Getty Images)

Os clubes cariocas precisam exercer sua força no cenário nacional e evitar uma concentração de poder nas mãos de personalidades paulistas (Harold Cunningham/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2012 às 09h16.

São Paulo - Preocupados com os rumos do futebol brasileiro com a saída de Ricardo Teixeira da CBF, principalmente com o que consideram uma "paulistização" do comando da entidade, dirigentes dos quatro grandes clubes do Rio articulam nos bastidores para construir uma agenda conjunta de propostas e projetos para este período de transição de poder.

"Estamos contatando os clubes do Rio para achar uma posição unitária, uma agenda única", contou à Agência Estado Márcio Braga, ex-presidente do Flamengo e um dos idealizadores da fundação do Clube dos 13, em 1987, quando a CBF passava por seu momento de maior fragilidade.

Segundo Braga, os clubes cariocas precisam exercer sua força no cenário nacional e evitar uma concentração de poder nas mãos de personalidades paulistas, ainda que ressalve que não há nenhuma intenção de litígio com o presidente José Maria Marín ou os dirigentes da FPF (Federação Paulista de Futebol).

Entre os pontos citados como cruciais está a criação de uma liga profissional comandada pelos clubes, com autonomia para administrar as competições esportivas, com a CBF concentrando o gerenciamento das seleções e representando os clubes internacionalmente.

Outro ponto que deve ser abordado é a mudança do estatuto da CBF principalmente no que se refere ao mandato do presidente. Braga defende um período de quatro anos com direito a apenas uma reeleição. No momento, ele descarta haver pressão para a convocação de novas eleições, pelo menos não sem uma alteração do estatuto.

Os quatro presidentes de Flamengo, Botafogo, Fluminense e Vasco ainda evitam abordar o tema e esperam a poeira baixar para atacar a questão com mais firmeza.P

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