Brasil

Cármen Lúcia rejeita ação sobre marco do transporte rodoviário de passageiros

Ministra afirma que houve descumprimento de formalidades na petição

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 3 de junho de 2024 às 16h46.

Última atualização em 3 de junho de 2024 às 16h52.

Tudo sobreSupremo Tribunal Federal (STF)
Saiba mais

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou uma ação proposta pelo Solidariedade que questionava o marco regulatório da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre o Transporte Rodoviário de Passageiros (Trip).

O motivo foi o descumprimento de formalidades na petição — os advogados não apontaram especificamente os dispositivos da Constituição que teriam sido violados.

"A alegação genérica das normas impugnadas a princípios como a livre iniciativa e livre concorrência não autoriza o conhecimento da ação direta de inconstitucionalidade", apontou Cármen. Ela não chegou a analisar a constitucionalidade das normas questionadas.

O novo marco regulatório promoveu a abertura gradual dos mercados controlando a entrada de novas empresas com base na avaliação de inviabilidade econômica, operacional e técnica da operação. Para a legenda, o regramento é inconstitucional porque atribui à ANTT a competência de analisar a viabilidade técnica dos mercados de Trip antes mesmo da outorga de autorização. O Solidariedade alega que todas as empresas que preenchem as condições legais de habilitação devem ter a liberdade para ingressar nos mercados.

De acordo com a petição apresentada pelo partido, mais de 80% das rotas são operadas por apenas uma empresa ou grupo econômico enquanto menos de 6% das seções são operadas por três ou mais empresas ou grupos econômicos. Além disso, aproximadamente 70% das viagens são efetivamente realizadas em regime de monopólio ou duopólio.

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)Cármen Lúcia

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto