Brasil

Cármen Lúcia mantém condenação de Deltan por Power Point contra Lula

Ministra do STF analisou recursos contra decisão do STJ e condenou ex-procurador ao pagamento de honorários à defesa do presidente

Cármen Lúcia: ministra afirmou que a decisão da Quarta Turma do STJ estava devidamente fundamentada, e que não caberia ao Supremo reexaminar provas (Valter Campanato/Agência Brasil)

Cármen Lúcia: ministra afirmou que a decisão da Quarta Turma do STJ estava devidamente fundamentada, e que não caberia ao Supremo reexaminar provas (Valter Campanato/Agência Brasil)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 22 de abril de 2024 às 19h36.

Tudo sobreDeltan Dallagnol
Saiba mais

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que condenou o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol a pagar R$ 75 mil em indenização por danos morais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em razão de um Power Point para apresentar denúncia contra o petista.

A apresentação, usada durante uma entrevista coletiva em 2016, se tornou célebre por colocar Lula no centro de uma série de imputações atribuídas a ele.

Moro ainda pode perder o mandato? Entenda os próximos passos após senador ser absolvido no TRE-PR

O caso chegou ao Supremo por meio de recursos apresentados pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e pela defesa de Deltan contra a decisão do STJ, tomada em 2022.

Revisão das provas

Na decisão, tomada em 19 de abril, Cármen Lúcia afirmou que a decisão da Quarta Turma do STJ estava devidamente fundamentada, e que não caberia ao Supremo reexaminar provas.

"Mantido o acórdão recorrido na parte em que decidiu pela preclusão da preliminar de ilegitimidade passiva, tem-se preservado fundamento infraconstitucional autônomo e suficiente para sustentar o julgado", diz a ministra.

No recurso, a ANPR argumentava que a “mera possibilidade de responsabilização pessoal de um membro do Ministério Público, no exercício de seu mister, fere princípios que regem a atuação dessa Instituição, notadamente o da independência funcional”.

Já a defesa do ex-procurador afirmava que ele estava em exercício de suas atribuições legais quando a entrevista foi veiculada e não poderia responder civilmente por danos causados a terceiros na atividade.

Deltan diz que pode disputar prefeitura de Curitiba em 2024

Na decisão, a ministra ainda impôs a condenação aos autores dos recursos ao pagamento dos honorários advocatícios da defesa de Lula – que era feita pelo atual ministro da Corte, Cristiano Zanin. Atualmente, a defesa é feita pela advogada Valeska Teixeira, esposa de Zanin.

Acompanhe tudo sobre:Cármen LúciaDeltan DallagnolSupremo Tribunal Federal (STF)Luiz Inácio Lula da Silva

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022