Janaina Paschoal: professores da USP pedem indenização de advogada por acusações de plágio (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)
Maurício Grego
Publicado em 18 de maio de 2017 às 09h55.
Última atualização em 18 de maio de 2017 às 13h29.
São Paulo – A advogada Janaína Paschoal, coautora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, fez uma série de declarações em seu Twitter entre a noite de quarta-feira (17) e a manhã desta quinta (18). “Muito graves as notícias, se os diálogos se confirmarem, o Pres. Temer e o Sen. Aécio não têm condições de permanecer em seus cargos”, disse.
Para a advogada, a ser comprovado um “crime comum” na gravação envolvendo o presidente Michel Temer e o presidente da JBS, Joesley Batista, o STF deve receber a denúncia e afastar o mandatário. “Digo desde o início: caia quem tiver que cair”, disparou, antes de dizer que não se arrependeu de pedir o impeachment de Dilma. "Toda esta limpeza era necessária".
10) Já me perguntaram se me arrependi de pedir o impeachment de Dilma. Não! Essa limpeza toda era necessária.
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) May 18, 2017
Ainda segundo ela, caso as provas sejam consideras suficientes pelo Supremo, não seria preciso sequer pedir o impeachment do presidente.
5) Em caso de crime comum, a depender do que já há, o PGR denuncia, o STF recebe a denúncia e afasta o presidente.
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) May 18, 2017
Em entrevista à Radio Jornal, Janaína disse que a melhor pessoa para fazer a transição em caso de queda de Temer seria a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF.
À Veja, a advogada ainda sugeriu que a renúncia seria um ato de grandeza, tanto de Temer quanto de Aécio Neves. “Se eles tiverem a grandeza de renunciar, tanto melhor, mas a renúncia é um ato personalíssimo, ninguém pode obrigá-los. Se tiverem essa grandeza, melhor para o país. Se não tiverem, as instituições têm que funcionar, não tem saída”.
De acordo com a lei, caso o impeachment ou a renúncia se confirmem, Temer perde o cargo. Como ele não tem vice, caberá ao Congresso eleger, por via indireta, um novo chefe para o Executivo Federal.
Até que um novo pleito seja realizado, porém, a regra determina que o presidente da Câmara dos Deputados – atualmente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assuma interinamente a Presidência da República, o que, aparentemente, contraria a proposta de Janaína.