Graça Foster: Petrobras negou, por meio de nota, que Graça tivesse conhecimento prévio dos desvios (Antônio Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 15h00.
Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a defender nesta terça-feira, 16, a permanência de Maria das Graças Foster no cargo de presidência da Petrobras, mesmo após denúncias de que ela teria sido alertada com antecedência sobre irregularidades na estatal.
"Já falei essa semana que relativamente à direção da Petrobras não temos efetivamente indicadores objetivos de práticas ilícitas", disse.
O ministro da Justiça ponderou, contudo, que é necessário garantir a continuidade das apurações das irregularidades.
"O governo tem uma posição muito clara pelas investigações. E aqueles que praticaram atos ilícitos têm de ser punidos", afirmou ao deixar o Supremo Tribunal Federal (STF), onde participou de evento na manhã desta terça-feira.
Indagado sobre o enfraquecimento político de Graça, Cardozo repetiu que "não há nenhum ato ilícito que possa implicar em qualquer juízo de valor" em relação à presidente da Petrobras.
A estatal também negou nesta terça, por meio de nota, que Graça tivesse conhecimento prévio dos desvios que vinham sendo praticados na petroleira
Mais cedo, em evento do Rio de Janeiro, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), também defendeu Graça, dizendo que não há "acusação formal" contra ela.
Temer disse que a presidente Dilma Rousseff decidirá "o melhor" para o futuro do comando da estatal, mas negou que mudanças possam ser tomadas com base no questionamento da conduta de Graça.