Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta segunda-feira que vê com naturalidade as críticas que sofre por causa das investigações de políticos pela Polícia Federal e que seu papel é apenas intervir quando há abusos e não controlar as investigações.
“É natural na vida política que, quando há uma investigação, as pessoas, ou por se sentirem injustiçadas ou como tese de defesa, busquem construir publicamente suas versões. O que me cabe fazer é intervir quando há abusos. Esse é meu papel", disse.
"Agora se alguém espera que eu controle ações dizendo quem deve ser investigado e quem não deve, se alguém acha que por ser meu amigo não deve ser investigado e por ser meu inimigo eu tenho que determinar uma investigação está muito enganado”, afirmou.
Cardozo tem sido alvo de críticas constantes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela atuação da Polícia Federal nas operações Lava Jato e Zelotes, e em outras que atingem o PT diretamente.
“Eu sou isonômico, não são só setores do PT que me criticam, outros dizem que eu instrumentalizo a PF. Nem uma coisa nem outra.”
Em entrevista na saída de um encontro com o presidente em exercício Michel Temer, Cardozo disse que conversa com Lula regularmente, negando que não tenha diálogo com o ex-presidente.
Recentemente, a empresa de Luiz Cláudio da Silva, filho do ex-presidente Lula, foi objeto de busca e apreensão.
Depois disso, agentes da PF foram à casa de Luiz Cláudio às 23h na noite da festa de aniversário de Lula, para entregar uma intimação para que Luiz Cláudio fosse depor, o que irritou ainda mais o ex-presidente.
O procedimento foi considerado irregular, já que as intimações são, por lei, feitas entre as 6h e as 20h. Cardozo confirmou que pediu uma investigação sobre o caso.
“A PF ainda está vendo a possibilidade. Se ficar comprovado que houve uma ilegalidade ou algo irregular, eu determino a abertura de um inquérito policial”, afirmou.
Manifestações
O ministro da Justiça também considerou que os ânimos no país estão menos acirrados, e disse que as manifestações pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que ocorreram neste último domingo, foram "bem menos" expressivas.
“É legítimo que as pessoas se manifestem, mas foi bem menos expressivo, não só em Brasília, como em todo país. Isso demonstra que entramos em uma fase de superação de uma etapa política mais truculenta e estamos construindo um caminho de agregação para que possamos juntos sair dessa crise", disse o ministro.
"Acho que é um novo momento, uma nova realidade que tem que ser aproveitada para que juntos possamos fazer com que o país volte a crescer, volte a seguir o caminho que vinha seguindo nos últimos anos”, afirmou o ministro. Em Brasília, cerca de 2 mil pessoas protestaram contra o governo.
Na véspera do ato, um homem que faz parte de um acampamento que está há cerca de um mês na frente do Congresso pedindo o impeachment da presidente foi preso com diversas armas dentro de um carro. Cardozo informou que pediu um investigação para verificar se houve crime federal no caso.
Cardozo afirmou ainda que o movimento dos caminhoneiros, que parou estradas na última semana, já “deixou de existir”.
“As manifestações deixaram de existir há alguns dias, o que mostra que a Polícia Rodoviária Federal, apoiada pela Força Nacional de Segurança e as polícias estaduais, agiram acertadamente e que efetivamente não eram manifestações que se baseavam em nenhum tipo de reivindicações, eram manifestações políticas”, afirmou.
Questionado se agora com o fim do movimento o governo poderia receber lideranças, o ministro lembrou que o governo tem mesa de negociações instaladas e que se reúnem a cada 15 dias.
"O governo sempre esteve aberto ao diálogo com os caminhoneiros e por isso montou essa mesa.
Agora, lamentavelmente, alguns setores dessa categoria resolveram fazer manifestações políticas fora dessa mesa”, disse.
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1. Um raio-X das 23 fases da Lava Jato
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1/27 (Ueslei Marcelino/Reuters)
São Paulo – A
Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (22) a 23ª fase da
Operação Lava Jato, que apura um grande esquema de corrupção na
Petrobras e em outros órgãos e empresas da administração pública De março de 2014 para cá, foram presos os presidentes das maiores empreiteiras do país, doleiros, ex-diretores da Petrobras,
políticos e operadores do esquema. Navegue pelos slides acima e entenda o que aconteceu em cada uma das fases desta mega operação.
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2. 23ª fase (22/02/2016) — "Acarajé"
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2/27 (Reprodução/Vimeo)
A 23ª etapa da
Operação Lava Jato foi deflagrada em 22 de fevereiro de 2016. Batizada de Acarajé, em alusão ao termo utilizado pelos investigados para se referir ao dinheiro ilegal, a ação mirou no marqueteiro de campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT), João Santana. As investigações da PF concluiram que o marqueteiro tinha contas no exterior com valores ilegais feitos pelo operador financeiro Zwi Skornicki e pagos pelo Grupo Odebrecht. Os valores identificados no exterior somam mais de 7 milhões de dólares. A PF cumpriu 51 mandados judiciais, sendo 2 de prisão preventiva, 6 temporárias e 5 de conduções coercitivas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
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3. 22ª fase (27/01/2016) — "Triplo X"
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3/27 (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
O grande alvo da 22ª fase da Lava Jato foi a empresa offshore com sede no Panamá Murray. A companhia é dona de um triplex em condomínio construído pela Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), presidida à época por João Vaccari Neto. O prédio na praia de Astúrias, em Guarujá (SP), foi transferido para a empreiteira
OAS em 2009. A
PF investiga se o negócio serviu para a OAS lavar dinheiro para favorecer Vaccari. Trata-se do mesmo condomínio onde a empreiteira teria reservado a opção de compra de também um triplex, em outra torre, para a família do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Foram cumpridos seis mandados de prisão temporária, 15 de busca e apreensão e outros dois de condução coercitiva. A operação aconteceu simultaneamente em São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e Joaçaba (SC).
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4. Operação Catilinárias (15/12/2015)
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4/27 (REUTERS/Ueslei Marcelino)
A Polícia Federal deflagrou na data um conjunto de
mandados de busca e apreensão na residência e escritórios de investigados na Operação Lava Jato. O objetivo foi cumprir 53 mandados expedidos pelo STF referentes a sete processos contra políticos.
O
principal alvo foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (
PMDB). Sua residência oficial em Brasília e apartamento no Rio de Janeiro foram revistados para evitar a destruição de provas que podem contribuir com a investigação da Lava Jato. Foram revistados também nomes importantes da cúpula do
PMDB, como os ministros Henrique Alves e Celso Pansera, o ex-ministro Edison Lobão, entre outros.
A operação foi batizada de Catilinárias, em referência a discursos do cônsul romano Cícero contra o senador Catilina, que pretendia tomar o poder e derrubar o governo republicano.
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5. 21ª fase (24/11/2015) — "Passe Livre"
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5/27 (Ueslei Marcelino/ Reuters)
As investigações da 21ª fase da Lava Jato estão concentradas na contratação sem licitação do navio-sonda Vitória 10.000 do Grupo Schahin para a Petrobras. De acordo com a PF,
o empresário José Carlos Bumlai teria atuado como lobista para fraudar o procedimento licitatório como forma de pagamento de empréstimos ao Grupo.
Bumlai foi preso preventivamente e outros 25 mandados de busca e apreensão e seis mandados de condução coercitiva foram deflagrados. Além de receber propinas pelo lobby, Bumlai teria tido empréstimos perdoados pelo Grupo Schahin em troca do contrato. Em outubro de 2004, Bumlai contraiu um empréstimo no valor de R$ 12 milhões que nunca foi quitado. Em dezembro de 2005, depois de novos pedidos de recurso, o valor já somava 18 milhões de reais. "Segundo as apurações, complexas medidas de engenharia financeira foram utilizadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dos valores indevidos pagos a agentes públicos e a diretores da estatal", afirmou a PF em nota. "Existem indicativos claros do uso de falsos documentos para a falsa quitação".
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6. 20ª fase (16/11/2015) — “Corrosão”
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6/27 (Agência Petrobras)
Batizada de "Corrosão", a 20ª fase da Operação Lava Jato investiga ex-funcionários da Petrobras que supostamente teriam recebido
propina em contratos das refinarias Abreu e Lima e Pasadena. Na manhã desta segunda-feira, foram presos preventivamente Roberto Gonçalves, ex-gerente executivo da Petrobras, e Nelson Martins Ribeiro, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção. Foram cumpridos ainda 11 mandados de busca e apreensão e 5 de condução coercitiva.
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7. 19ª fase (21/09/2015) — “Nessum Dorma”
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7/27 (Divulgação/ Engevix)
A
19ª fase da Operação Lava Jato teve como foco pagamentos no exterior. José Antunes Sobrinho, um dos donos da Engevix, foi preso preventivamente. Ele é suspeito de ter recebido 140 milhões de reais em propina entre 2011 e 2013. Foram cumpridos 11 mandados judiciais, sendo sete de busca e apreensão, um de prisão preventiva, um de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva em Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro.
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8. 18ª fase (13/08/2015) — “Pixuleco II”
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8/27 (André Richter/ABr)
"Pixuleco II" foi o desdobramento da fase que levou o ex-ministro da Casa Civil à prisão. A Polícia Federal cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, São Paulo, Curitiba e no Distrito Federal. No mesmo dia, foi preso o ex-vereador petista Alexandre Oliveira Correa Romano - apontado pela PF como um dos operadores do esquema de corrupção,
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9. 17ª fase (03/08/2015) — “Pixuleco”
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9/27 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Fotos Públicas)
A 17° fase da Operação Lava Jato foi deflagrada em 03 de agosto, com a prisão preventiva do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e a prisão temporária de seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Ainda foram presos Roberto Marques, ex-assessor de Dirceu, o lobista Fernando de Moura, Olavo de Moura, Pablo Kipersmit e Celso Araripe, engenheiro da Petrobras. Foram cumpridos, ainda, nove mandados de busca e apreensão e outros seis de condução coercitiva. Entre os crimes investigados estão corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A operação foi batizada de Pixuleco. O nome faz referência ao apelido dado pelo ex-presidente do PT João Vaccari Neto à propina recebida em forma de doação eleitoral, segundo a PF.
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10. 16ª fase (28/07/2015) — "Radioatividade"
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10/27 (Arquivo/Agência Brasil)
Foi deflagrada na manhã do dia 28 de julho a 16° fase da Operação Lava Jato. Batizada de "Radioatividade", a nova fase tem como foco os contratos firmados por empresas mencionadas durante a investigação com a Eletronuclear – subsidiária da Eletrobras –, as obras da usina nuclear Angra 3 e pagamentos de propina a funcionários da estatal. Foram cumpridos 23 mandados de buscas e apreensão, dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói (RJ), São Paulo e Barueri (SP). Um
dos presos é Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente da Eletronuclear.
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11. Operação Politéia (14/07/2015)
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11/27 (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Deflagrada na manhã de 14 de julho, a Operação Politéia é a primeira fase da Operação Lava Jato voltada para a investigação de políticos suspeitos de envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras.
Foram cumpridos 53 mandados de busca de apreensão na casa de seis políticos, entre eles o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Na casa da Dinda, mansão do ex-presidente, foram apreendidos três veículos de luxo: uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini. O nome da operação faz referência ao livro "A República", de Platão, que descreve uma cidade perfeita, na qual a ética prevalece sobre a corrupção.
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12. 15ª fase (02/07/2015) — "Conexão Mônaco"
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12/27 (Gabriel Jose/Reuters)
Batizada de Conexão Mônaco, a 15° fase da Operação Lava Jato foi marcada pela prisão preventiva do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada. Zelada foi citado como um dos beneficiários do esquema de corrupção por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. O ex-gerente de serviços da estatal, Renato Duque, também mencionou Zelada no esquema de pagamento de propina. Foram cumpridos outros quatro mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e Niterói.
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13. 14ª fase (19/06/2015) — "Erga Omnes"
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13/27 (Rodolfo Buher/ REUTERS)
A 14ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada na madrugada do dia 19 de junho com 59 mandados judiciais, incluindo a prisão de
Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht, de Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez e de outros dez executivos das companhias. Batizada de Erga Omnes, expressão em latim que significa “vale para todos”, a 14ª fase investiga crimes de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio de verbas públicas, lavagem de dinheiro, entre outros. Segundo a Polícia Federal, as duas construtoras operavam um esquema mais “sofisticado” na hora de pagar propina a funcionários da Petrobras, e faziam os depósitos em contas no exterior.
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14. 13ª fase (21/05/2015)
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14/27 (Getty Images)
Deflagrada no dia 21 de maio, a 13ª fase da Operação Lava Jato teve como alvo as atividades de operadores financeiros que atuavam juntos em contratos firmados por empreiteiras com a Petrobras. Seis mandados judiciais foram cumpridos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Na ocasião, foi preso Milton Pascowitch, dono da Jamp Engenheiros Associados. O empresário é um dos acusados de ser operadores de propina nos contratos de construção de 29 sondas para exploração de petróleo em águas profundas, pela Petrobras.
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15. 12ª fase (15/04/2015)
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15/27 (Rodolfo Buhrer/Reuters)
A 12ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada no dia 15 de abril com a prisão do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A prisão foi decretada depois que os investigadores encontraram depósitos nas contas da mulher e da cunhada de Vaccari, vistos como indícios de propina no esquema de corrupção na Petrobras. Além de prender o tesoureiro do PT, a Polícia Federal cumpriu também mandado de condução coercitiva de Giselda Rouse de Lima, mulher de Vaccari. Por conveniência, Giselda foi ouvida em sua casa. Os policias disseram que o teor de seu depoimento não acrescentou à investigação. Marice Correa de Lima, cunhada de Vaccari, se entregou à polícia no dia 17 de abril. Seis dias depois, foi solta após surgirem dúvidas se de fato era ela quem aparecia no vídeo de uma agência bancária – considerado, até então, como uma prova de que ela movimentava dinheiro com origem de corrupção para a conta da irmã Giselda.
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16. 11ª fase (10/04/2015) — "A Origem"
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16/27 (Polícia Federal de Curitiba)
A Polícia Federal deflagrou no dia 10 de abril a 11ª fase da Operação Lava Jato. Batizada de “A Origem”, esta etapa levou para a prisão os ex-deputados André Vargas (ex-PT-PR e hoje sem partido), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), além de quatro pessoas ligadas a eles. O nome da fase da operação faz referência às suspeitas contra os ex-parlamentares, cujo envolvimento com o esquema foi descoberto nas primeiras etapas da investigação, no ano passado. A investigação abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da Petrobras, desvios de recursos ocorridos em outros órgãos públicos federais, como fraudes em contratos publicitários do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal. A fase tem por objetivo apurar fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos, abrangendo os crimes de organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência. Cerca de 80 policiais federais cumpriam 32 mandados judiciais: 7 mandados de prisão, 9 mandados de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
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17. 10ª fase (16/03/2015) — "Que país é esse"
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17/27 (Polícia Federal – Curitiba)
Em 16 de março de 2015, a Polícia Federal desencadeou a décima fase da Operação Lava Jato, intitulada “Que país é esse”. A frase foi dita pelo ex-diretor da Petrobras Renato Duque em uma conversa com seu advogado em novembro do ano passado, durante o cumprimento do mandado de prisão. Duque é um dos suspeitos de envolvimento no esquema. Após ser informado pelos agentes da PF de que seria transferido do Rio de Janeiro, onde mora, para a Superintendênciada Polícia Federal em Curitiba, o ex-diretor reagiu indignado: "O que é isso? Que país é esse?". O diálogo foi captado por meio de uma escuta telefônica feita pelos policiais. Cerca de 40 policiais federais cumpriram 18 mandados judiciais no Rio de Janeiro e em São Paulo: dois de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão. Os presos são investigados pela prática de crimes como associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro. Nesta fase da operação, a PF apreendeu mais de 100 obras de arte na casa de Renato Duque.
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18. 9ª fase (05/02/2015) — "My Way"
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18/27 (Polícia Federal/ Paraná)
Em fevereiro, tem início a 9ª fase da Operação Lava Jato, que foi batizada pela Polícia Federal de "My Way". A alusão à famosa canção de Frank Sinatra deve-se à maneira como o ex-diretor de serviços da Petrbras Renato Duque era chamado pelo ex-gerente Pedro Barusco. O objetivo da fase era produzir provas sobre pagamentos de propinas para agentes públicos relacionados à diretoria de serviço da Petrobras e à BR Distribuidora, subsidiária da empresa. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, três de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 40 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Dentre os alvos da ação está tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que foi levado para prestar esclarecimentos à polícia. O volume de dinheiro em espécie apreendido na nona fase da Lava Jato supera os R$ 3 milhões. Também foram apreendidas
35 obras de arte, 518 relógios de luxo, cinco veículos de alto valor de mercado, grande quantidade de documentos e notas fiscais e munições.
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19. 8ª fase (14/01/2015)
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19/27 (Wilson Dias/Agência Brasil)
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20. 7ª fase (14/11/2014)
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20/27 (Divulgação)
Os depoimentos e provas colhidas em decorrência das colaborações, bem como a análise de materiais apreendidos, documentos, dados bancários e interceptações telefônicas, permitiram o avanço das apurações em direção às grandes empresas acusadas de corromper os agentes públicos. Em 14 de novembro de 2014, a PF em conjunto com a Receita Federal cumpre 49 mandados de busca, 6 de prisão preventiva, 21 de prisão temporária e 9 de condução coercitiva, em diversas cidades do país, especialmente em grandes empresas de construção como Engevix, Mendes Júnior, OAS, Camargo Correa, Galvão Engenharia, UTC Engenharia, IESA, Queiroz Galvão e Odebrecht.
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21. 6ª fase (22/08/2014)
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21/27 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Na sexta fase da Operação Lava Jato, a PF cumpriu 15 mandados de busca e um de condução coercitiva. Em trabalho integrado com a força-tarefa do Ministério Público Federal, os auditores fiscais da Receita Federal forneceram um dossiê contendo provas de que Paulo Roberto Costa e familiares estavam envolvidos na lavagem de milhões de reais oriundos da Petrobras.
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22. 5ª fase (01/07/2014)
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22/27 (Freeimages.com)
Em 1º de julho, a PF cumpriu sete mandados de busca, um de prisão temporária e um de condução coercitiva. O preso foi um auxiliar do doleiro Alberto Youssef que seria responsável por movimentar uma conta na Suíça, segundo a PF.
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23. 4ª fase (11/06/2014)
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23/27 (Divulgação)
Na quarta fase, a PF cumpriu um mandado de busca e um mandado de prisão preventiva – a do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que respondia em liberdade. A Justiça temia que ele tentasse fugir do país por ter mais de US$ 23 milhões em bancos na Suíça.
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24. 3ª fase (11/04/2014)
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24/27 (Fernando Moraes/Veja SP)
Na terceira fase da Lava Jato, deflagrada em 11 de abril de 2014, a PF cumpriu 16 mandados de busca, três de prisão temporária e seis de condução coercitiva (para que a pessoa seja ouvida em depoimento, mas não presa). O foco era aprofundar as investigações sobre os doleiros. Nesse mesmo dia, a Petrobras voluntariamente colaborou e entregou os documentos procurados, evitando buscas e apreensões.
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25. 2ª fase (20/03/2014)
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25/27 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Em 20 de março, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso e foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. Em seguida, os procuradores da República viriam a acusar o ex-diretor e seus familiares pelo crime de obstrução à investigação de organização criminosa.
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26. 1ª fase (17/03/2014)
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26/27 (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Em 17 de março de 2014, a PF deflagra a primeira fase ostensiva da Operação Lava Jato. Foram cumpridos 130 mandados judiciais em sete estados. Dezessete pessoas foram presas, entre elas, Alberto Youssef, doleiro suspeito de comandar o esquema de lavagem de dinheiro.
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27. Veja agora os bens vendidos no maior leilão da Lava Jato
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27/27 (Divulgação)