José Eduardo Cardozo: Cardozo deixa o Ministério da Justiça em meio a pressões e críticas aos rumos das investigações da Polícia Federal (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 17h58.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta segunda-feira, 29, em nota, a saída do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e sua nomeação para chefia da Advocacia Geral da União (AGU), em substituição ao ministro Luiz Inácio Adams que solicitou o seu desligamento por motivos pessoais.
Dilma agradeceu a Adams pelo trabalho à frente da AGU e desejou sucesso em sua carreira.
"A presidente da República agradece os valiosos serviços prestados ao longo de todos estes anos, com inestimável competência e brilho, pelo Dr. Luís Inácio Adams, e deseja pleno êxito à sua atividade profissional futura", diz o texto.
A saída de Cardozo teria sido motivada pela crescente pressão do PT, após rumores de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria alvo de quebras de sigilos bancário, telefônico e fiscal no âmbito da Operação Lava Jato.
O então ministro estaria se sentindo injustiçado, até que decidiu entregar o cargo à presidente.
Cardozo já havia manifestado a intenção de sair do governo algumas vezes, mas até então recuava após apelos de Dilma.
A nota informa ainda que assumirá o cargo no lugar de Cardozo o ex-Procurador Geral da Justiça do Estado da Bahia, Dr. Wellington César Lima e Silva. A indicação de Wellington César foi articulada pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.
Em sua comunicação, o Planalto aproveitou para informar a troca no comando da Controladoria Geral da União (CGU).
Sai Carlos Higino, que estava interinamente no cargo de ministro-chefe do órgão para assumir Luiz Navarro de Brito.
Dilma também agradeceu Higino por "sua dedicação" a frente da CGU.