O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo: o ministro argumentou que a presidente Dilma Rousseff sempre teve um comportamento "absolutamente criterioso" e cumpridor da lei (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2015 às 16h55.
Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, descartou neste sábado, 20, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, qualquer preocupação do governo de que as investigações da Lava Jato cheguem ao Palácio do Planalto ou ao ex-presidente Lula. "De forma nenhuma (há essa preocupação)", disse.
Ele acrescentou que "nem vê" uma aproximação dos processos com o Palácio. "De forma nenhuma, não existe essa hipótese", garantiu.
Cardozo argumentou que a presidente Dilma Rousseff sempre teve um comportamento "absolutamente criterioso" e cumpridor da lei. "Até os adversários, talvez não falem isso publicamente, respeitam a sua seriedade. Isso é indiscutível, é uma pessoa absolutamente idônea", reforçou. Ele também saiu em defesa de Lula. "Enquanto presidente, líder, Lula sempre teve uma posição de respeito à lei e à probidade administrativa."
Segundo o ministro, o governo sempre apoiou e continuará apoiando todas as investigações que apurem ilícitos no País, e não apenas as relacionadas à Lava Jato. "Por isso sempre apoiamos as ações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, para que ajam com autonomia e independência", argumentou.
Questionado sobre rumores de proximidade de empreiteiras com diversos partidos políticos de posição e oposição ao governo, Cardozo optou por uma saída diplomática.
"Nessa hora, muitos boatos circulam. Boatos podem circular, mas quem se atém estritamente à investigação deve respeitar os fatos", disse, acrescentando que, o Ministério da Justiça jamais se prenderá a rumores. "Apenas a apurações sérias, impessoais, com lei a todos e com direito ao contraditório e à defesa."