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Cardeais brasileiros desfazem possível mal-estar

O presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, disse que o clima de concorrência entre Brasil e Argentina é mais folclórico do que real


	O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno: de acordo com ele, o papa Francisco conhece o Brasil e gosta do país.
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno: de acordo com ele, o papa Francisco conhece o Brasil e gosta do país. (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 12h21.

Vaticano – Bem-humorados, cardeais brasileiros rebateram hoje (14) os boatos de que a escolha de um papa argentino vai acirrar a disputa existente entre os dois países. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, disse que o clima de concorrência entre Brasil e Argentina é mais folclórico do que real. De acordo com ele, o papa Francisco conhece o Brasil e gosta do país.

“Eu tenho as melhores recordações de Aparecida [do Norte, cidade no interior de São Paulo, onde ocorre peregrinação de fiéis]”, disse dom Damasceno, reproduzindo o que ouviu do papa Francisco. “No campo religioso, não há essa disputa. É uma disputa mais no futebol, no folclore do que na realidade.”

Quando era o cardeal Jorge Mario Bergoglio, de Buenos Aires (Argentina), o papa Francisco esteve em Aparecida do Norte (SP)) para participar de uma reunião dos bispos sul-americanos. Dom Damasceno disse que ele “trabalhou intensamente e sempre em silêncio”.

Na tentativa de desfazer qualquer tentativa de mal-estar, o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, brincou com a forma como brasileiros e argentinos se tratam. “Nos chamamos de hermanos [irmãos], não é? Então, é isso que somos: todos irmãos”, disse.

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