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Capital de SP não reabre no dia 1: protocolos devem ser aprovados antes

Setores que podem reabrir devem enviar, a partir do dia 1, propostas de protocolo, que serão avaliadas pela vigilância e só depois validadas pela prefeitura

Quarentena em São Paulo: Prefeitura nega que serviços autorizados a voltar podem reabrir já no dia 1º (Eduardo Frazão/Exame)

Quarentena em São Paulo: Prefeitura nega que serviços autorizados a voltar podem reabrir já no dia 1º (Eduardo Frazão/Exame)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 28 de maio de 2020 às 13h01.

Última atualização em 28 de maio de 2020 às 20h08.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta quinta-feira, 28, que nenhum setor poderá reabrir a partir da próxima segunda-feira, 1. Apesar do anúncio de ontem do governo do estado, de que a cidade já pode começar a flexibilizar as medidas de isolamento pela covid-19, Covas esclareceu que a decisão final fica com os prefeitos.

"O estado não disse em nenhum momento que as cidades vão reabrir a partir do dia primeiro. Ele está delegando essa decisão para os municípios", afirmou em entrevista coletiva no início da tarde.

Segundo o prefeito, a partir da próxima segunda-feira, 1, a prefeitura começará a receber as propostas de protocolo das associações dos setores que serão autorizados a voltar a funcionar.

A cidade está inserida na fase dois do programa estadual, que permite a reabertura, com restrições, de imobiliárias, concessionárias de veículos, escritórios, comércio e shopping centers.

Os pré requisitos que os setores precisam apresentar para a prefeitura são: protocolos de saúde, higiene, testagem, regras de autorregulação, regras para fiscalização, política de comunicação das regras e proteção aos consumidores e funcionários.

"Os empresários e associações precisam vir discutir com prefeitura de que forma será essa reabertura", sustentou Covas. "Nada será autorizado sem o apoio e aprovação da vigilância sanitária".

Só depois que os protocolos estiverem referendados, as atividades poderão abrir na cidade, explicou o prefeito. "Até lá, continuaremos a fiscalizar". O prefeito evitou dar um prazo sobre quando esses protocolos serão publicados.

No início da coletiva, Covas salientou que a "cidade de São Paulo ainda está em quarentena", mas começa a se mobilizar para caminhar para a reabertura.

Para se manter na fase dois do programa, as regras de uso obrigatório de máscara e de distanciamento social continuam na capital. Para não precisar voltar a fechar os serviços, disse Covas, será preciso que a cidade registre, após a reabertura, estabilidade nos índices de transmissão, número de casos e óbitos, além da ocupação de UTI.

"Nós vamos fazer essa reabertura na cidade de São Paulo, a partir dos protocolos sanitários, da validação da vigilância sanitária, exatamente para que a gente não repita aqui, o que vários outros locais do mundo fizeram, que foi falar em abertura e semanas depois ter que voltar atrás".

A cidade de São Paulo, epicentro nacional da covid-19, tem 54.948 casos confirmados e 3.619 mortes pelo coronavírus. A capacidade de leitos de UTI nesta quinta-feira, 28, é de 92%.

Por conta das taxas críticas de ocupação dos hospitais, Covas anunciou a inauguração de mais três hospitais (Hospital Guarapiranga, Hospital Brigadeiro e Hospital Sorocabana) para tratar pacientes com o novo coronavírus.

Como enviar a proposta para a prefeitura

As propostas devem ser enviadas para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, pelo site que está neste link. Apenas entidades setoriais podem propor a documentação.

"Os cidadãos que quiserem contribuir deverão enviar suas sugestões para as empresas onde trabalham ou entidades de classe. As empresas, por sua vez, deverão enviar suas propostas para as entidades setoriais, que serão responsáveis pelo envio à Prefeitura de São Paulo", diz o site.

(Com Gilson Garrett Jr.)

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