Fernando Capez em discurso: a Operação Alba Branca foi deflagrada em janeiro, com mandados de busca e apreensão em 16 prefeituras paulistas (Reprodução/Facebook)
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 11h54.
São Paulo - O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Fernando Capez (PSDB), um dos alvos das investigações da Operação Alba Branca, que revelou um esquema de superfaturamento e pagamento de propinas em contratos para fornecimento de merendas escolares no Estado, voltou a dizer que é "vítima", que não conhece nenhum dos envolvidos no escândalo e que está "colaborando para a verdade aparecer o mais rápido possível".
Capez disse ainda que conversou nessa quinta-feira, 11, com Alckmin e que o governador relatou estar "abismado" com as revelações da investigação que se aproxima de quadros do PSDB e de ex-integrantes do governo estadual.
Na quinta, o governador afirmou à imprensa que "quem for culpado vai ser punido, independentemente de partido político", em referência à operação.
A Operação Alba Branca foi deflagrada em janeiro, com mandados de busca e apreensão em 16 prefeituras paulistas.
Investigados apontaram Capez, e Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", que era braço direito do secretário-chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, como beneficiários de propina.
Santos foi flagrado por grampos da Polícia Civil operando com a quadrilha da merenda de sua sala no Palácio dos Bandeirantes.
Ele orientava um lobista a renegociar valores de contratos da cooperativa Coaf, com sede na cidade de Bebedouro, no interior.
Segundo as investigações, a Coaf participava das chamadas públicas junto com outras cooperativas montadas pelos próprios integrantes do grupo e combinavam os preços dos produtos, sempre superfaturados.
Alba Branca também investiga o ex-chefe de gabinete da Secretaria da Educação de Alckmin Fernando Padula, quadro do PSDB.