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Sabesp terá de reduzir coleta de água da Cantareira em 20%

ANA e DAEE definiram que a vazão máxima de transferência de água no túnel 5 será de 22,4 mil litros por segundo


	Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 19h16.

São Paulo - A Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Água e Energia (DAEE) decidiram nesta quarta-feira, 30, reduzir em 19,7% o volume máximo de água que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) poderá retirar do Sistema Cantareira para abastecer a Grande São Paulo.

Em comunicado conjunto, os órgãos reguladores dos recursos hídricos federal e estadual definiram que a vazão máxima de transferência de água no túnel 5, entre os reservatórios Atibainha e Paiva Castro será de 22,4 mil litros por segundo, ante os 27,9 mil litros vigentes. Para as bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), na região de Campinas, a vazão foi mantida em 3 mil litros por segundo.

A nova regra vale até o dia 15 de maio, quando a Sabesp pretende iniciar a captação de água do chamado "volume morto" - reserva abaixo do nível das comportas - nas represas Jaguari/Jacareí, que estão com apenas 3,1% da capacidade, No geral, o nível do Sistema Cantareira está em 10,7%, o mais baixo da história.

Segundo o documento, a nova vazão, contudo, representa a "manutenção da mesma ordem de grandeza das vazões efetivamente praticadas no decorrer do mês de abril". De acordo com dados do comitê anticrise que monitora a seca do Cantareira, a Sabesp retirou, na média, 21 mil litros por segundo do túnel 5 no mês de abril. Contando com a captação do reservatório Paiva Castro, em Mairiporã, a retirada média foi de 24,8 mil litros por segundo. Antes da crise, a média era de 31 mil litros por segundo.

Os números mostram que a redução de 20% na retirada de água definida pelos órgãos reguladores não deve impactar ainda mais no abastecimento da Grande São Paulo. Na diminuição determinada em março, de 31 mil litros para 27,9 mil litros, a Sabesp decidiu cortar em 15% o volume de água vendido no atacado para as cidades de São Caetano e Guarulhos - a última decretou racionalmente oficial de água.

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