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Campus Fidei deve ficar pronto até quinta-feira

O espaço equivale a mais de três vezes o tamanho do Estado do Vaticano e mais de nove vezes a Cidade do Rock, que recebe o Rock in Rio

As obras no Campus Fidei, em Guaratiba, para a recepção do papa Francisco: o Campus Fidei tem capacidade para 2 milhões de pessoas, já que conta com uma infraestrutura que permitirá a Vigília ao longo da madrugada de sábado (27) para domingo. (Tomaz Silva/ABr)

As obras no Campus Fidei, em Guaratiba, para a recepção do papa Francisco: o Campus Fidei tem capacidade para 2 milhões de pessoas, já que conta com uma infraestrutura que permitirá a Vigília ao longo da madrugada de sábado (27) para domingo. (Tomaz Silva/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2013 às 14h23.

Rio de Janeiro - Quem passa pela Avenida das Américas, em Guaratiba, até consegue ver entre as árvores a cruz de 33 metros no centro do palco e as torres de ferro brancas que simulam os tubos de um órgão de igreja em segundo plano, mas as mesmas árvores, no entanto, escondem o gigantismo da área, de 1,362 milhão de metros quadrados.

A construção reúne mais de 700 pessoas e só deve ficar totalmente pronta na próxima quinta-feira (25). No local, ocorrerá a Vigília de Oração com os jovens. No mesmo dia, o papa realizará sua primeira missa na Praia de Copacabana.

O espaço equivale a mais de três vezes o tamanho do Estado do Vaticano, mais de nove vezes a Cidade do Rock, que recebe o Rock in Rio, e é maior até do que o Aterro do Flamengo, onde o Papa João Paulo II reuniu cerca de 2 milhões de pessoas em 1980 e em 1997. O Campus Fidei tem capacidade para 2 milhões de pessoas, já que conta com uma infraestrutura que permitirá a Vigília ao longo da madrugada de sábado (27) para domingo.

Já da Estrada da Matriz, uma das principais da Pedra de Guaratiba, bairro bem próximo ao terreno, a visão da cruz dourada, a quilômetros de distância, se destaca na paisagem de casas e comércio simples, com paredes de tijolo aparente e calçadas de terra.

O palco terá 75 metros de largura e 68 de profundidade, com uma plataforma elevatória que dará acesso ao altar e às sacristias. No gigante, 750 convidados poderão ficar ao mesmo tempo. À frente da cruz, duas estruturas de ferro, também douradas, fazem uma leitura moderna do tradicional ato de unir às mãos em oração, em direção ao céu. O arquiteto João Uchôa assina o projeto.

O bairro tem intenso fluxo de caminhões. Curiosos pela passagem dos carros de imprensa e pela movimentação incomum, os moradores da região ficam atentos à estrada. Elton de souza Gama, de 51 anos, é católico e mora próximo ao local.


Olhando de perto a estrutura do palco, já que a rua passa pelos fundos do Campus Fidei, ele se admira e alimenta expectativas: "Nunca imaginei alguma coisa assim por aqui. Somos católicos e meus filhos vêm sempre para ver o que mudou na montagem. Minha companheira trabalha no restaurante daqui e muita gente que eu conheço também está trabalhando. Espero que as coisas melhorem por aqui."

Na imensa área, os peregrinos ocuparão 22 lotes – cada um deles com o tamanho médio de sete campos do Maracanã. Nesses espaços, já se pode ver parte dos 32 centros de serviços, onde os fiéis terão lanchonetes, 4.673 banheiros, 4.920 bebedouros para encher garrafas e postos médicos, além de torres de vigilância.

Dois lotes destinados a pessoas com deficiência ficarão nas laterais do palco, para facilitar a chegada, já que serão conduzidos nos 13 quilômetros de peregrinação. Os peregrinos inscritos pela internet na jornada também ocuparão lotes mais próximos ao palco que o público que não se inscreveu. O papa chegará de helicóptero no início da noite de sábado e na manhã de domingo, e passará de papamóvel entre os lotes e 5 mil lanternas de papel, a uma distância de 50 a 100 metros dos católicos.

Para pernoitar na vigília, não serão permitidas barracas, para não atrapalhar a visão de outros peregrinos. A maior parte vai acompanhar os shows e celebrações por 33 telões.

Os fiéis começarão a chegar a partir das 6h de sábado, cruzando uma peregrinação que partirá de três bairros vizinhos: Campo Grande, Santa Cruz e Recreio dos Bandeirantes. No caminho, que fechará o trânsito em importantes vias da zona oeste, postos médicos e de hidratação já estão sendo montados.

Dentro do campo, o trabalho de montagem do palco continua, em uma luta para pintar e manter brancas e limpas as estruturas que as botas sujas de terra sujam com a circulação dos trabalhadores. Militares, policiais federais, fiscais e outros integrantes do governo, como secretário municipal de obras, Carlos Roberto Osório, que esteve no local ontem (18), acompanham tudo de perto. Um restaurante foi montado para atender aos empregados e, do outro lado da Avenida das Américas, um posto de segurança também já pode ser visto.

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