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Eduardo Campos: PSB está 'de braços abertos' para Calmon

Governador disse que o partido estará sempre de braços abertos para a ex-corregedora nacional de Justiça e ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliane Calmon


	"Estou mais tranquilo que Aécio", disse o governador de Pernambuco
 (Marcelo Jorge Loureiro/Contigo)

"Estou mais tranquilo que Aécio", disse o governador de Pernambuco (Marcelo Jorge Loureiro/Contigo)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Gravatá - O governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, disse que o partido estará sempre de braços abertos para a ex-corregedora nacional de Justiça e ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliane Calmon, que segundo a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, foi convidada para ingressar na legenda para disputar o governo da Bahia ou "amigos no partido, mas se não havia convite, faço agora publicamente", afirmou o governador. "Qualquer partido receberia com alegria uma pessoa comprometida com a ética e a justiça", disse, ao elogiar a ministra como uma pessoa de grande dimensão.

"Se ela resolver largar a magistratura e resolver entrar na vida pública sabe que será muito bem-vinda, será uma alegria".

Indagado sobre a estratégia do PSB de atrair pessoas ligadas à ética, mesmo sem cacife eleitoral, dentro do objetivo de lançar 12 candidatos a governador, Eduardo afirmou ser natural que o PSB siga crescendo. "Não é um projeto que começou numa eleição, a gente teve crescimento sequenciado com início em 2004".

O governador, que deu entrevista em Gravatá, no agreste, no início da noite desta sexta, depois de encerrar o seminário "Juntos por Pernambuco", que reuniu os 184 prefeitos pernambucanos, frisou que o PSB não quer o "monopólio da ética". "Queremos ajudar que a vida pública seja feita com mais ética, com mais compromisso com a População, mas não somos presunçosos de achar que só os filiados ao PSB são éticos".

Sobre a informação de que o ex-presidente Lula viaja nesta quinta-feira (28) para o Ceará para tentar atrair o apoio dos irmãos Ciro e Cid Gomes - que embora sejam do PSB não são eduardistas - para o palanque de Dilma, Eduardo Campos repetiu que "A gente precisa cuidar do Brasil e o ano de 2012 ainda nem acabou". Lembrou que nem o orçamento de 2012 nem a forma de financiar os Estados, o FPE, foi discutido, para se estar discutindo 2014.

"Nada vai valer do que se fala sobre 2014 se perdermos 2013", disse ao afirmar não ter sido procurado pelo ex-presidente Lula para conversar sobre sucessão.

"Estou mais tranquilo que Aécio"

Ao ser provocado sobre a notícia de que o senador Aécio Neves (PSDB) não estaria preocupado com as potenciais candidaturas dele, Eduardo, e da senadora Marina Silva à Presidência da República porque são "costelas do PT" e estão no divã, sem saber se são governo ou oposição, o governador rebateu: "Ele sabe que estou muito mais tranquilo do que ele está". "Se eu preciso de um divã, ele precisa de dois", disse ao afirmar que quem está no divã é porque está angustiado, com algum drama ou problema.


Logo em seguida o governador retomou o seu discurso: "Não vejo como uma coisa boa alimentar esse debate velho cansado de um botar a culpa no outro como se ninguém tivesse feito nada". "Não acredito que as pessoas que estão em casa entendam que só uma força política fez tudo". Para ele, "negar o valor do adversário" não é correto e lembrou o pacifista Nelson Mandela, para quem ninguém é totalmente ruim e se deve incentivar o que a pessoa tem de bom. "Essa nova geração não alimenta mais nenhum interesse nas lutas que buscam aniquilar as pessoas, todo mundo pode ajudar", frisou, ao exemplificar com a democracia brasileira, "que foi obra de todas as forças"

"A gente pode dizer que foi pouco importante para o Brasil ter colocado fim à inflação?", disse referindo-se ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, fazendo um mea culpa. "Isso não quer dizer que não tenhamos críticas ao governo FHC, mas não estávamos certos lá atrás quando dissemos que o Plano Real era um fiasco". Para Eduardo Campos, "a esquerda brasileira errou e é preciso ter humildade para reconhecer".

Frisou ainda a responsabilidade de dar exemplo para as novas gerações. "Não dá para ficar fazendo política negando completamente os outros".

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