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Campos minimiza pouco crescimento nas pesquisas eleitorais

Candidato ainda não conseguiu atrair parte dos votos que a ex-senadora Marina Silva, vice em sua chapa, obteve nas últimas eleições


	Eduardo Campos durante visita a um conjunto habitacional em João Pessoa, na Paraíba
 (PSB/Divulgação via Fotos Públicas)

Eduardo Campos durante visita a um conjunto habitacional em João Pessoa, na Paraíba (PSB/Divulgação via Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 16h21.

São Paulo - O candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, defendeu nesta segunda-feira a fusão do PIS/Cofins, como parte da Reforma Tributária que prometeu realizar nos primeiros meses de seu governo, caso seja eleito.

A reforma do sistema tributário tem sido uma bandeira do presidenciável, que pretende realizá-la de forma fatiada e aliada a um fundo de transição para evitar impactos às contas da União, de Estados e municípios.

“Com a fusão deles (PIS e Cofins), que se acumulam sobre a produção industrial no Brasil, a curto prazo eliminamos esse incômodo na vida de muitas empresas”, afirmou em entrevista a jornalistas fornecida por sua assessoria, após participar de sabatina do portal de notícias G1.

“Nós vamos fazer a reforma tributária. Ela entrará em vigor de forma fatiada, porque nós tomamos a decisão de não aumentar a carga tributária no Brasil”, disse Campos, que se posicionou ainda a favor da taxação de grandes fortunas no país.

Durante a sabatina, Campos minimizou o fato de ainda não ter conseguido atrair parte dos votos que a ex-senadora Marina Silva, vice em sua chapa, obteve nas últimas eleições.

Campos disse que "não existe essa coisa de transferência de voto", ao ser questionado se havia uma "frustração" com o seu patamar de preferência do eleitorado.

"Você não tem um voto dentro de uma caixa e leva como se fosse uma mudança, que você arruma a roupa dentro de uma mala e leva. Não é assim", disse.

Campos ocupa o terceiro lugar nas pesquisas eleitorais recentes, oscilando em torno dos 10 por cento das intenções de voto.

Este é o mesmo patamar ocupado por Marina na mesma época na última corrida presidencial, mas na reta final da campanha de 2010, no entanto, a ex-senadora deu uma arrancada e recebeu quase 20 milhões de votos.

Ao ter fracassado em sua tentativa de criar um partido político para concorrer às eleições deste ano, Marina aliou-se a Campos e ao PSB, sob a expectativa de que pudesse transferir parte dos votos obtidos em 2010 para o socialista.

Durante a entrevista desta segunda, o candidato do PSB afirmou que se eleito, reduzirá o número de ministérios pela metade, proposta semelhante à do segundo colocado nas pesquisas da corrida ao Planalto, o tucano Aécio Neves.

No caso da Petrobras, estatal que é alvo de duas CPIs no Congresso Nacional, Campos disse que pretende levar regras "claras" para a empresa e uma "direção profissionalizada".

"A primeira medida será blindar a Petrobras da interferência política", disse.

O candidato aproveitou para negar, após ser questionado por internauta durante a sabatina, que tenha "mudado de lado", uma vez que até setembro do ano passado o seu partido integrava a base de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.

Tanto o candidato como sua vice, aliás, foram ministros na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Economia

No âmbito econômico, Campos voltou a defender que haja maior independência do Banco Central e disse que seu governo respeitará o tripé macroeconômico --câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário.

Ele não poupou críticas à atual condução econômica e afirmou que é necessário haver rigor com as contas públicas.

"Na hora que tivermos um Banco Central independente, um conselho de responsabilidade fiscal do país para garantir o equilíbrio fiscal, o esforço fiscal para trazer a inflação para o centro da meta... os juros vão entrar, por articulação dessas políticas, numa descendente e o câmbio vai para o lugar certo", afirmou.

O socialista afirmou ainda que sua equipe estuda uma medida para o Fator Previdenciário, mecanismo usado no cálculo das aposentadorias dos trabalhadores.

"É preciso um olhar para rever o Fator Previdenciário, sim", disse Campos, acrescentando que até o final da campanha apresentará detalhes sobre as medidas que pretende tomar sobre o assunto.

Texto atualizado às 16h21min do mesmo dia, para adicionar mais informações e uma nova foto.

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