Eduardo Campos e Marina Silva durante encontro com o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta (PSB/Divulgação via Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2014 às 18h31.
Rio de Janeiro - O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, disse nesta terça-feira que, se eleito, criará condições para que a economia do País cresça 4% ao ano e citou que esse é o patamar de vizinhos como Chile, Peru e Colômbia.
O candidato recorreu à alusão à derrota do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo.
"Não é só no futebol. Na economia, estamos perdendo de 7 a 1. A inflação está em 7% e o crescimento, abaixo de 1%. É preciso confiança, liderança, passar aos agentes econômicos a segurança de que o Brasil será governado com responsabilidade fiscal e segurança jurídica, para alavancar investimentos públicos e privados, segurar o consumo e termos o Brasil crescendo à média de 4%", disse o ex-governador de Pernambuco depois de uma visita ao arcebispo do Rio de Janeiro, d. Orani Tempesta.
Ao criticar a política de combate ao crime do governo da presidente Dilma Rousseff, Campos disse que, no País, "só não tem dinheiro para as coisas que interessam à população".
O candidato, que já prometeu um fundo de R$ 12 bilhões para financiar o passe livre para alunos de escolas públicas, anunciou a intenção de reforçar o Fundo Nacional de Segurança Pública.
"De cada R$ 100 colocados em segurança, apenas R$ 15 vêm da União, que arrecada 60% dos impostos. Tem alguma coisa errada: a União está fora de um tema central para a cidadania. É uma questão de prioridade. Não arruma dinheiro quando os juros aumentam? Não arruma dinheiro para colocar nas empresas do setor elétrico? E não tem dinheiro quando falamos de escola integral, de passe livre, de R$ 6 bilhões para o Fundo Nacional de Segurança", afirmou.
O candidato disse ter conversado com d. Orani, entre outros temas, sobre os problemas da saúde pública, e cogitou, se eleito, transferir para o Estado do Rio a administração de alguns hospitais federais.
"Alguns hospitais federais no Rio estão entregues ao fisiologismo e à gestão temerária. Se o Estado desejar administrar, pode assumir algumas unidades".
Campo concederá entrevista ao "Jornal Nacional", ao vivo, na noite de hoje, no estúdio da TV Globo no Jardim Botânico (zona sul).